A parábola da festa de casamento é o ponto culminante de uma série de parábolas estreitamente ligadas. Mateus registra a parábola dos dois filhos e a parábola dos lavradores maus logo antes da história da festa de casamento. Todas as três parábolas foram ensinadas na presença dos líderes religiosos. Jesus revelou como eles estavam rejeitando-O como o Messias prometido. Esses encontros ocorreram apenas alguns dias antes da crucificação de Cristo. Os escribas e fariseus estavam determinados a desacreditá-Lo e removê-Lo. Através dessas parábolas, Jesus fez um último apelo para que eles se arrependessem e mudassem de atitude.
A parábola dos dois filhos (Mateus 21:28–32) ilustrou a alta profissão de fé dos líderes religiosos e a falta de obras correspondentes. Eles diziam uma coisa e faziam outra. A descontinuidade entre palavras e ações expôs a extrema falsidade de sua fachada espiritual. Esta história foi um convite para que eles se humilhassem e considerassem cuidadosamente sua condição.
A parábola dos lavradores maus (Mateus 21:33–46) representa a história de Israel. Jesus descreveu uma vinha arrendada a lavradores pelo proprietário. Quando o proprietário enviou servos para receber os frutos, eles foram espancados, apedrejados e mortos. O proprietário eventualmente enviou seu filho, pensando que os lavradores o respeitariam, mas ele também foi morto. Não precisamos nos perguntar a que isso está apontando. Esta é a história central das Escrituras, e a parte final da parábola estava prestes a se cumprir. Jesus, o Filho, logo daria Sua vida por Seu povo. Através desta parábola, Jesus desafiou Seus ouvintes a refletirem seriamente sobre o que estavam prestes a fazer.
Ele advertiu que os construtores rejeitaram a Pedra Angular (Mateus 21:42). Esta pedra era a parte mais essencial da fundação do templo, pois todo o edifício dependia de sua força. Se Jesus fosse rejeitado como o Messias, o templo não teria valor. Mais tarde, Pedro escreveu sobre Jesus como a Pedra Angular: “Chegando-se a Ele, a pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pedro 2:4, 5). Jesus é nossa Pedra Angular hoje, e nossas vidas devem ser fundamentadas Nele.
A parábola da festa de casamento também revela o papel central de Cristo em reconciliar as pessoas com Deus. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento retratam o povo de Deus como Sua noiva. Oseias, um profeta cuja vida está registrada no Antigo Testamento, serviu como uma parábola viva que retratava a busca de Deus por Sua noiva infiel. O evangelho eterno é uma história de amor que culmina em um casamento, com Jesus, o Filho do Rei, como o Noivo. O último livro da Bíblia descreve esta grande celebração entre Deus e Seu povo: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro!” (Apocalipse 19:9).