Um Grito por Ajuda

Por Andrew Mcchesney

O estilo de vida de festas de Diana começou a cobrar um preço pesado dela no final do verão após sua formatura do ensino médio. Um dia, sozinha em um parque em Monte Vista, Colorado, Diana olhou para as folhas das árvores e viu a luz do sol brilhando através delas. Naquele momento, ela ouviu uma voz dizer: “Se você não sair daqui você morrerá aqui.” Diana sabia que a voz estava dizendo que seu modo de vida levaria a uma morte precoce e que ela precisava sair dali se quisesse viver.

Ela conversou com sua mãe sobre o futuro, e sua mãe perguntou: “Você já pensou na Marinha?” Diana ficou irritada com o que ela considerou uma pergunta boba, mas, três meses depois, ela estava alistada e treinando em Orlando, Flórida. Depois disso, ela navegou pelo mundo. Ela viu muitas coisas que a repugnavam. Todo porto tinha prostituição, jogos de azar e coisas piores.

Em rápida sucessão, Diana conheceu e se casou com um marinheiro, foi dispensada com honras da Marinha e deu à luz três filhos. Eles se mudaram para Monte Vista, Colorado, mas o marido de Diana não estava feliz com a vida familiar.

Diana ficou deprimida e começou a idolatrar a morte. No início, ela desejava ficar doente e morrer. Então ela pensou em tirar a própria vida. Em desespero, ela orou: “Deus, eu creio que Tu és real, mas não sei onde estás.”

Estranhamente, na semana seguinte, ela teve conversas com pessoas de quatro grupos religiosos diferentes. Primeiro, dois jovens missionários bateram à sua porta. Quando ela os deixou entrar, um missionário abriu um livro e leu um texto que dizia que pessoas de pele escura não podiam entrar no céu mais alto porque eram amaldiçoadas. Diana ficou ofendida. Quando criança, ela havia sido a única aluna branca em sua classe durante um período de dessegregação na Virgínia. Ela sabia que Deus amava a todos e disse aos missionários: “Vocês têm que sair.” Ela se perguntou: “Por que eles leram esse texto para mim?”

No dia seguinte, três mulheres vieram à sua casa. Durante a visita, Diana perguntou a elas sobre o Sábado. “Nós adoramos a Deus todos os dias”, disse uma mulher. Diana achou que isso fazia sentido e concordou em vê-las novamente.

Então, uma velhinha bateu à sua porta em uma noite tempestuosa de sexta-feira. Ela estava coletando fundos para uma instituição de caridade de ajuda em desastres. Embora a família tivesse muito pouco, Diana deu a ela o dinheiro que estava economizando em um pote de gorjetas de seu trabalho na Pizza Hut. Ela nunca mais viu a mulher.

Naquele mesmo fim de semana, Diana foi convidada por uma amiga para outra igreja. Ela sentiu uma presença maligna ao entrar e fugiu após o culto.

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Algo está errado

Você já conheceu alguém cuja conexão com Deus parecia incrivelmente forte? Tenho a sorte de ter conhecido várias pessoas assim, mas poucas foram como Sandy Robinson.

Quando o conheci, o Pr. Robinson era o representante de marketing da Message Magazine, uma publicação Adventista para afro-americanos e a mais antiga publicação religiosa negra da América. Eu era um jovem estagiário, e o Pr. Robinson se interessou especialmente por mim.

O Pr. Robinson tinha sete filhos, todos altamente bem-sucedidos e fiéis a Deus em suas vidas pessoais. Lembro-me de perguntar: "Pr. Robinson, como vocês criaram uma família tão impressionante?"

Ele olhou para mim, fez uma pausa e então começou a explicar calmamente: “Filho, não somos nós. É Deus! Deus fez tudo. Temos um altar em nossa casa.” Fui pego de surpresa e pedi que ele explicasse. “Temos um lugar em nossa casa em que minha esposa e eu nos reunimos todos os dias para orar por nossa família.” O pastor Robinson atribuiu todas as bênçãos de que seus filhos desfrutaram, todas as suas conquistas acadêmicas, casamento, todo o seu sucesso no ministério – tudo! – ao tempo que passaram com Deus no altar da família.

Enquanto ele continuava falando, lembro-me de pensar comigo mesmo: “Algo está seriamente errado em minha vida devocional!” Meu altar estava em ruínas. Naquele momento, descobri o que Elias já sabia enquanto subia o Monte Carmelo: a mudança começa com a reconstrução do altar.

Leia, de Ellen G. White, Profetas e Reis, capítulo 11: “O Carmelo”.

Encontro no monte

Quando Deus chamou Elias para anunciar que uma seca atingiria a nação, Ele escolheu um “homem de fé e oração cujo destemido ministério estava destinado a deter a rápida disseminação da apostasia em Israel” (Ellen G. White, Profetas e Reis [2021], p. 68). Após três anos e meio sem chuva, as colheitas eram fracas, os excedentes haviam se esgotado e o povo morria de fome (Tiago 5:17). A atmosfera estava carregada no dia fatídico em que Elias convocou a nação ao topo do Monte Carmelo, cujas encostas antes verdejantes agora estavam ressecadas.

Ainda maior do que a seca física que assolava a nação era a seca espiritual que havia deixado o povo de Deus espiritualmente desidratado, embora parecessem não perceber. O perverso rei Acabe e a rainha Jezabel governavam Israel naquela época. Acabe cometeu grandes males enquanto buscava agradar sua esposa sidônia (1 Reis 16:29–33). O que começou como pequenos atos de compromisso religioso se tornou uma apostasia plena em 1 Reis 18. Acabe chegou a construir um templo para Baal na capital para Jezabel, completo com 450 profetas, e um poste de Aserá com outros 400 profetas administrando sua adoração pagã. Israel estava em profunda escuridão espiritual.

Quando Elias disse a Acabe para encontrá-lo no Monte Carmelo (1 Reis 18:19), ele exercia uma autoridade espiritual incomum — autoridade que emanava de seu próprio tempo de altar com Deus. A cena no Monte Carmelo era macabra. Sangue escorria pelos corpos dos sacerdotes pagãos que haviam se cortado enquanto clamavam a Baal e Aserá para enviar fogo do céu. Nenhum fogo veio. Quando chegou a hora de Elias preparar seu touro, ele fez algo muito significativo: selecionou doze pedras, uma para cada tribo de Israel, reconstruiu o altar quebrado no Monte Carmelo e o encharcou com água (1 Reis 18:30–35).

Então, "na hora do sacrifício da tarde", Elias ofereceu seu touro a Deus em oração (1Reis 18:36).

Por meio de Elias, Deus não estava simplesmente mostrando que Ele era o Deus verdadeiro, mas trazendo Israel de volta ao altar de adoração diária! O silêncio que havia caído sobre o Monte Carmelo foi quebrado quando desceu fogo de Deus na hora do sacrifício da tarde, confirmando mais uma vez a importância crucial da adoração diária. Essa foi uma mensagem inconfundível para a nação de Israel.

O que o texto-chave desta semana (1Reis 18) diz a você sobre como Deus nos prepara para a adoração?

Como chegamos a este ponto?

Israel não chegou à apostasia da noite para o dia. O altar em ruínas do Monte Carmelo era apenas uma amostra da condição do relacionamento de Israel com Deus – um relacionamento em ruínas, que vinha se deteriorando há séculos. Rachaduras apareceram no altar de Israel quando o povo começou a modificar a maneira pela qual Deus havia instruído a adorar.

Com o tempo, essas alterações os levaram a abandonar a Deus completamente. Em Êxodo 32:5, Arão incentivou a adoração ao Deus verdadeiro – mas acrescentou um bezerro de ouro. Moisés estava no Monte Sinai, Deus estava em silêncio e o povo estava agitado. Então Arão foi criativo. Tenha cuidado com o que você acrescenta à sua vida de adoração quando Deus parece distante!

O rei Jeroboão de Israel não proibiu a adoração no templo em Jerusalém. Como Arão muitos anos antes, ele apenas adicionou dois bezerros para o povo adorar — um em Dã e outro em Berseba (1 Reis 12:25–33). No entanto, esses bezerros de ouro foram uma das muitas coisas que levaram o povo a uma apostasia profunda (2 Reis 17:16). Adoração conveniente não é necessariamente verdadeira adoração e devoção a Deus.

O confronto no Monte Carmelo expôs publicamente o terrível declínio moral de Israel. Ellen White descreve de maneira bastante expressiva o impacto do fogo que caiu do céu: “O povo sobre o monte prostrou-se em reverência perante o Deus invisível. Não se atreviam a olhar para o céu, que enviava fogo. Temiam que eles próprios fossem consumidos; e, convictos de seu dever em reconhecer o Deus de Elias como o Deus de seus pais, a quem deviam obediência, gritaram unânimes: ‘O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!’ (v. 39). Com impressionante clareza, o grito ressoou sobre o monte e ecoou pela planície.

“Por fim, Israel despertou, abriu os olhos e reconheceu seus erros. O povo viu então o quanto havia desonrado a Deus. O caráter do culto a Baal, em contraste com a sensata adoração requerida pelo verdadeiro Deus, estava plenamente revelado. O povo reconheceu a justiça e misericórdia do Senhor em haver retido o orvalho e a chuva até que eles tivessem sido levados a confessar Seu nome. Agora estavam prontos a admitir que o Deus de Elias está acima de qualquer ídolo” (Profetas e Reis [2021], p. 89).

Que altares de sua vida estão em ruínas e precisam ser consertados?

Momento de Reflexão

Já parou para refletir que nada acontece de uma hora para outra? Muitas vezes nos perguntamos como Israel, um povo com séculos de testemunhos do cuidado de Deus, pôde chegar ao ponto de ser governado por um rei que ergueu monumentos para a adoração de deuses estranhos.

A resposta está no fato de que esse afastamento não aconteceu de imediato, mas foi resultado de uma sequência de passos graduais que levaram o povo escolhido à escuridão espiritual.

Esse é um exemplo amplo e impactante, mas agora é sua vez de refletir: quais parâmetros e limites você tem seguido para permanecer na vontade de Deus?

Lembre-se: nada começa grande. São as pequenas concessões que, aos poucos, tomam proporções inimagináveis.

A boa notícia? Ainda há tempo para reconstruir o altar!

Como os versículos a seguir ilustram os benefícios espirituais que você pode experimentar ao reconstruir seu próprio altar de adoração?

A bênção de voltar para Deus:

Levítico 26:40-42; Deuteronômio 4:29-31; Jeremias 7:25, 26; Zacarias 1:3; Malaquias 3:7; Tiago 4:8

Todos estão incluídos:

Êxodo 24:4; Josué 4:3, 4; Ed 6:17

Grande desafio

Enfrentamos atualmente um dos desafios mais significativos para a adoração pessoal e coletiva. Estudos mostram que a maioria das pessoas gasta em média duas horas e 27 minutos nas redes sociais todos os dias.1 Crianças entre oito e 12 anos nos Estados Unidos passam entre quatro e seis horas por dia usando telas, e os números mundiais são semelhantes. Adolescentes passam em média nove horas por dia na frente de uma tela.2

Usos não saudáveis da tecnologia, especialmente smartphones e redes sociais, estão criando lutas de saúde mental que estamos apenas começando a compreender. Altos níveis de uso de tecnologia têm sido associados a uma ampla variedade de sintomas desafiadores. Evidências sugerem que o uso descontrolado da tecnologia pode:

- prejudicar a capacidade de concentração e foco;

- fazer com que nos sintamos mais solitários;

- aumentar os níveis de estresse;

- aumentar a depressão e a ansiedade;

- levar a uma imagem corporal negativa;

- incentivar padrões de sono pouco saudáveis;

- desenvolver vícios;

- promover cyberbullying;

- aumentar o medo de estar de fora de novidades e experiências (síndrome de FoMO);

- promover expectativas irrealistas;

- causar déficits de memória.

Conforme aumenta o tempo de tela, perdemos a riqueza da comunicação face a face. “Fomos criados por Deus com o desejo inato de contato e comunicação não mediados com Ele” (Tim Challies, The Next Story: Faith, Friends, Family and the Digital World [Zondervan, 2015], p. 93). O que acontece quando nossa mente passa por transformações tão profundas que temos que nos esforçar para adorar a Deus?

Ellen White escreveu: Somos transformados pela contemplação – “essa é uma lei, tanto da natureza intelectual quanto da espiritual. A mente vai se adaptando aos assuntos com os quais se ocupa. Vai assimilando aquilo que está acostumada a amar e reverenciar” (Mente, Caráter e Personalidade [2024], v. 1, p. 240). Ela também faz esta declaração surpreendente: “É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais” (ibid., p. 57).

Chamado à decisão

Enfrentando o rei Acabe e os falsos profetas, e cercado pelos exércitos reunidos de Israel, Elias permanece, o único que apareceu para vindicar a honra de Jeová. . .

“Sem se envergonhar nem temer, o profeta estava perante a multidão totalmente consciente de sua incumbência de executar a ordem divina. Seu rosto estava iluminado com impressionante solenidade. Em ansiosa expectativa, o povo aguardava que ele falasse. Olhando primeiramente para o altar destruído de Jeová, e depois para a multidão, Elias exclamou de maneira clara, em voz como de trombeta: ‘Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-O; se Baal, segui-o’ (1Reis 18:21).

"O povo não responde uma palavra. Ninguém naquela vasta assembleia ousa revelar lealdade a Jeová. Como uma nuvem escura, o engano e a cegueira haviam se espalhado sobre Israel. Não de uma vez essa apostasia fatal os envolveu, mas gradualmente, à medida que, de tempos em tempos, eles deixavam de atender às palavras de advertência e repreensão que o Senhor lhes enviava. Cada afastamento do que é certo, cada recusa em se arrepender, havia aprofundado sua culpa e os afastado do Céu. E agora, nesta crise, eles persistiam em se recusar a tomar uma posição por Deus.

"O Senhor abomina a indiferença e a deslealdade em um tempo de crise em Sua obra. Todo o universo está observando com interesse inexprimível as cenas finais do grande conflito entre o bem e o mal. O povo de Deus está se aproximando das fronteiras do mundo eterno; o que pode ser mais importante para eles do que serem leais ao Deus do céu? Através dos séculos, Deus teve heróis morais, e Ele os tem agora — aqueles que, como José, Elias e Daniel, não têm vergonha de se reconhecer como Seu povo peculiar.

Sua bênção especial acompanha os trabalhos de homens de ação, homens que não serão desviados da linha reta do dever, mas que com energia divina perguntarão: 'Quem está do lado do Senhor?' (Êxodo 32:26), homens que não pararão apenas com a pergunta, mas que exigirão que aqueles que escolhem se identificar com o povo de Deus avancem e revelem inconfundivelmente sua lealdade ao Rei dos reis e Senhor dos senhores. Tais homens subordinam suas vontades e planos à lei de Deus. Por amor a Ele, eles não consideram suas vidas preciosas para si mesmos. Seu trabalho é captar a luz da Palavra e deixá-la brilhar para o mundo em raios claros e firmes. Fidelidade a Deus é seu lema" (Ellen G. White, Profetas e Reis [2021], p. 85, 86).