Parte 5: Amor e Casamento

Por Andrew Mcchesney

Diana e Loren estavam planejando se casar em Santa Fé, Novo México, quando descobriram que estavam esperando um bebê. Diana adiou o casamento porque não queria que o bebê fosse a razão para o casamento. Depois que o bebê nasceu, o casal se mudou para Salt Lake City, Utah, onde os pais de Diana moravam. Eles já tinham tido o suficiente da vida em Santa Fé. Embora Diana e Loren não estivessem vivendo como cristãos, Loren queria se casar em uma igreja. Ele escolheu uma igreja Adventista e entrou em contato com o pastor. Ele também pediu ao seu pai, um pastor Adventista que morava perto de Chicago, para realizar a cerimônia. Isso apresentou um dilema para ambos os pastores, porque Diana não era membro da igreja e o casal não estava vivendo uma vida cristã. Mas depois de muita oração, eles disseram que se sentiram impressionados a “errar do lado do amor”. O pai de Loren deu aconselhamento pré-matrimonial por telefone. No dia do casamento, Diana ficou surpresa ao ver membros da igreja que eles não conheciam presentes. Quem vai ao casamento de estranhos? ela pensou. Sua surpresa cresceu quando os membros da igreja lhes deram presentes. Ao desempacotar em casa, Diana encontrou um pequeno livro intitulado Happiness Digest, Ela pensou que era um livro das três mulheres persistentes que a visitaram no Colorado. Ela começou a lê-lo e não conseguia parar. Quando Loren chegou em casa do trabalho, ela disse animadamente: “Isso é verdade!” Ele disse: “Ah, isso é Caminho a Cristo, escrito por uma profetisa chamada Ellen White.” A ideia de uma profetisa confundiu Diana, mas um desejo brotou em seu coração de visitar a igreja Adventista e aprender mais sobre o que ela estava lendo. Quando Diana apareceu na igreja, os membros não disseram uma palavra. Eles a aceitaram como ela era e até cuidaram de seus filhos para que ela pudesse ouvir. Quando ela ouviu o ancião principal falando sobre estudos bíblicos, ela disse a ele: “Eu quero estudar.” Loren interrompeu: “Eu posso te dizer o que você quiser saber.” Ele estava envergonhado por não ter estudado com ela. “Não, eu quero estudar a Bíblia por mim mesma”, ela disse.

O ancião, Lorell Herold, e sua esposa, Carol, foram à casa deles todas as semanas por 28 semanas. À medida que Diana estudava, sua aparência mundana começou a mudar. Ninguém falou com ela sobre isso. Ninguém pregou sobre isso. Ela simplesmente perdeu o interesse pelas coisas mundanas à medida que os membros da igreja a amavam e ela aprendia sobre o amor de Deus que foi derramado na vida, morte e ressurreição de Jesus.

O entusiasmo de Diana pela Bíblia surpreendeu Loren. Ele se perguntou o que havia perdido ao crescer e começou a estudar a Bíblia por conta própria. Os dois decidiram se batizar juntos.

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O tempo parou

Alguns anos atrás, passei por um período espiritual bem difícil. Deus parecia distante, e minha vida de oração era quase inexistente. Eu tinha pouca motivação para estudar a Bíblia e, quando o fazia, tudo parecia forçado e sem propósito.

No meio desse deserto espiritual, parecia ouvir uma voz suave dizendo: “Venha a Mim. Não tente consertar nada. Apenas traga tudo para Mim.” Eu sabia que Deus estava me chamando, mas, para ser sincero, eu não queria ir até Ele. Sentia que Ele me pediria para abandonar coisas das quais eu gostava. Algumas dessas coisas, de fato, estavam enfraquecendo meu relacionamento com Ele, mas eu não queria deixá-las para trás. Depois de semanas tentando evitar a Deus, em uma sexta-feira à noite, entrei no meu quarto, ajoelhei-me em uma almofada no chão e abri meu coração para Ele.

Compartilhei tudo com Ele: cada pecado, cada medo, dúvida e dor – tudo que estava na minha mente e no meu coração. Foi um momento de total vulnerabilidade diante de Deus. Quando terminei, decidi deixar que Ele falasse comigo. Até aquele momento, a oração era um monólogo: eu falava, e Deus ouvia. Mas, dessa vez, Ele falaria comigo. Sua voz não foi audível, mas foi inconfundível para o meu coração e mente.

A primeira coisa que Deus disse foi: “Eu amo você. Sei que está sofrendo. Sei que está correndo de Mim. Eu sinto sua dor. Eu amo você do jeito que é. Você está seguro Comigo. Eu quero ajudá-lo. Jamais o deixarei. Apenas confie em Mim.” Deus continuou falando, acalmando meus medos e me orientando sobre aquilo que estava me causando sofrimento.

As lágrimas começaram a cair quando aceitei Seu amor incondicional por mim. Quando olhei para o relógio, para minha surpresa, já era 1h da manhã! Eu tinha passado horas em oração com Deus, e parecia que tinham se passado apenas alguns minutos. De repente, entendi como Jesus conseguia passar noites inteiras em oração.

Leia, de Ellen G. White, Orientação da Criança, capítulo 78: “O Poder da Oração”.

Hipocrisia em foco

"E todos da multidão procuravam tocar em Jesus, porque Dele saía poder; e curava todos" (Lucas 6:19). Reserve um momento para refletir sobre o significado desse versículo. Uma grande multidão, vinda de lugares como Judeia, Jerusalém, Tiro e Sidom, estava seguindo Jesus. Havia muitos doentes e “atormentados por espíritos imundos” (v. 18). Jesus curou todos eles, até aqueles que O tocaram rapidamente. Ele irradiava o poder de Deus! Quem tivesse fé poderia ser curado apenas tocando Nele.

Lucas 6 também descreve uma situação em que os discípulos de Jesus estavam com fome e começaram a colher espigas no Sábado. De acordo com as leis dos fariseus sobre a observância do Sábado, isso era um erro grave (embora não estivesse de acordo com os ensinamentos do Antigo Testamento). Quando confrontado, Jesus declarou ser o Senhor do Sábado.

O foco de Lucas 6 não está apenas nas maravilhas miraculosas de Jesus, mas no contraste que Ele estabeleceu entre o reino de Deus e a falsa religião ensinada pelos fariseus. Por exemplo, Jesus ensinou que os pobres em espírito, os que têm fome e sede de justiça e os perseguidos seriam abençoados. Isso era radicalmente diferente da crença de muitos judeus e fariseus, que pensavam que prosperidade e sucesso eram sinais da aprovação divina e que seu status como o povo escolhido garantiriam automaticamente as bênçãos de Deus.

Jesus, por outro lado, ensinou a amar até os inimigos, mesmo quando os fariseus estavam conspirando para matá-Lo. Lucas 6 destaca a grande diferença entre a mensagem de Jesus e o ensino dos mestres religiosos da época.

Além disso, Jesus proclamava Seus ensinamentos após períodos de oração secreta. Lucas 6:12 diz que Ele “Se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus”. Ele estava sobrecarregado pelas pesadas responsabilidades do trabalho que teria no dia seguinte. Na manhã seguinte, desceu do monte para escolher os 12 discípulos e ensinar o verdadeiro evangelho. Quando lembramos do que Jesus fazia todos os dias, podemos nos surpreender ao ver que Ele, muitas vezes, retirava-Se para passar uma noite em oração no Seu altar de adoração.

Quais emoções Jesus deve ter sentido ao Se relacionar com pessoas que Ele havia criado e conhecia, e que estavam passando por sofrimento ou doenças? Por que os fariseus não responderam nada a Jesus em Lucas 6 quando Ele expôs sua hipocrisia?

Orações noturnas de alto risco

A quantidade de necessidades, ameaças e distrações que Jesus enfrentou durante Seu ministério terrestre está além de qualquer coisa que qualquer outra pessoa jamais experimentará. Seus fardos se tornaram ainda mais pesados porque foi rejeitado pelo próprio povo (João 1:11). Ele foi traído (Mateus 26:24), preso (Mateus 26:50), abandonado pelos discípulos (Mateus 26:56), falsamente acusado (Mateus 26:60; 27:12), cuspido e espancado (Mateus 26:67), chicoteado e, por fim, pendurado em uma cruz (Mateus 27:26).

Durante os três anos e meio de Seu ministério público, Jesus enfrentou ameaças constantes dos fariseus. Sempre que se deparava com momentos de intensa tensão, Ele frequentemente Se retirava para orar. Em Lucas 5:12-15, por exemplo, após curar um leproso, Cristo recomendou que o homem não divulgasse o milagre, a fim de evitar atrair oposição. No entanto, o homem contou a todos, e a crescente popularidade de Jesus gerou inveja entre os líderes religiosos.

Diante disso, a Bíblia registra: “Jesus, porém, Se retirava para lugares solitários e orava” (Lucas 5:16). Essa informação não está ali por acaso. Jesus sabia que Sua missão era Se entregar na cruz e morrer pelos pecados do mundo, mas também entendia que essa missão poderia ser comprometida se Sua fama se espalhasse muito rapidamente. Preso entre a necessidade de atender às multidões e Seu chamado para a cruz, Ele buscava refúgio no deserto, Seu lugar de comunhão, onde encontrava conforto, direção e força para continuar. Mas essa não foi a única ocasião em que Ele passou longos momentos em oração.

Depois de curar, no Sábado, um homem com a mão ressequida, os fariseus ficaram furiosos e “discutiam entre si quanto ao que fariam contra Jesus” (Lucas 6:11). Você consegue imaginar como Jesus Se sentia ao final daquele dia?

Foi nesse contexto que Ele sentiu a necessidade de passar uma noite inteira com o Pai. Após essa madrugada de oração e adoração, Deus O guiou a escolher os discípulos que trabalhariam ao Seu lado (Lucas 6:12-16). Embora o propósito principal fosse prepará-los para anunciar o evangelho após Sua morte, Jesus também os escolheu porque precisava de amigos próximos. Ele buscava apoio emocional, e, naquela noite de comunhão com Deus, recebeu a direção para encontrá-lo.

Que tipo de necessidades levavam Jesus a orar?

Momento de Reflexão

Quais foram algumas das situações específicas que levaram Jesus a orar? (Lucas 5:15, 16; 6:11-13.) Por que a oração secreta é essencial para a vida cristã?

O que os discípulos aprenderam ao observar a vida de oração de Jesus? Por que Jesus disse a Seus seguidores para não orarem como os fariseus? (Mateus 6:5-15.)

O que significa depender completamente de Deus em sua vida? Como seria isso?

Se mais Adventistas do Sétimo Dia priorizassem um tempo de oração de qualidade e sem pressa, que impacto teríamos no mundo?

Compare suas respostas com os textos a seguir. Como os seguintes versículos se relacionam com a vida de oração de Jesus? Como eles fornecem a você orientações para sua vida de oração?

Outras pessoas que buscaram a Deus de noite:

Gêneses 32:24-26; 1Samuel 15:11; Salmos 119:148; Isaías 26:9

Venha com toda a confiança:

Mateus 6:6; Hebreus 4:16; Tiago 4:8; 1João 4:16

Tente isto

Quando eu era criança, sempre que um novo ano começava ou a igreja lançava um projeto especial, nosso pastor organizava uma vigília de oração que durava a noite inteira. Nós, crianças, ficávamos aliviados por sermos poupados dessa experiência, já que éramos muito pequenos para permanecer acordados até de manhã. Normalmente, ficávamos até por volta das 22 horas, e então alguém nos levava para casa para dormirmos.

Os cultos de Sábado eram sempre cheios, e até mesmo as reuniões de oração das quartas-feiras eram bem frequentadas, mas poucas pessoas se dispunham a ficar a noite inteira na vigília. Entre essas poucas estavam minha mãe e meu pai. Durante anos, eu me perguntava como alguém conseguia orar por tanto tempo. Será que em algum momento não faltavam palavras? E como eles conseguiam resistir ao sono? Mais tarde, descobri que ouvir sermões e cantar hinos ajudava a manter-se acordado. Mas e eu? Será que algum dia conseguiria fazer o mesmo?

A resposta veio numa sexta-feira à noite, quando abri meu coração diante de Deus e senti Seu amor de forma profunda. Naquele momento, também aprendi uma lição valiosa sobre passar longos períodos em oração. Se você sente receio de dedicar muito tempo ao seu altar de adoração, comece aos poucos. Não se preocupe em tentar passar a noite inteira orando logo de início. Que tal começar com uma hora? Lembre-se: o foco não está na quantidade de tempo, mas na comunhão com Deus.

Independentemente de quanto tempo você planeja passar com Deus, experimente o seguinte:

1. Comece convidando o Espírito Santo para estar com você. Ele virá e guiará seu coração ao altar.

2. Em seguida, abra a Bíblia e escolha um texto. Pode ser um trecho curto ou mais longo, conforme sentir no coração. O objetivo é refletir profundamente na Palavra de Deus. Pergunte a si mesmo: Qual é a mensagem principal desta passagem? Quem está falando? Para quem? Há algo que Deus quer que eu pratique? Existe um hábito que preciso mudar?

3. Depois de ler, ore sobre o que estudou. Fale com Deus com sinceridade. Abra seu coração, compartilhe seus pensamentos e peça que Ele fale com você.

O mais importante não é o tempo exato que você passa em oração, mas sim o crescimento do seu relacionamento com Deus.

O que você acha que Jesus estava dizendo ao Pai durante aquela noite de oração em Lucas 6:12-16?

Guerreiro noturno

A Majestade do Céu, comprometida com Seu ministério terrestre, dedicava-se intensamente à oração ao Pai. Frequentemente, passava noites inteiras em comunhão com Deus. Seu coração se entristecia ao testemunhar a atuação dos poderes das trevas sobre o mundo. Por isso, afastava-Se da agitação da cidade e do clamor da multidão, buscando um lugar tranquilo para interceder.

“O Monte das Oliveiras era Seu refúgio favorito para momentos de devoção. Muitas vezes, após despedir a multidão ao cair da noite, Jesus não descansava, mesmo exausto pelas atividades do dia. O evangelho de João relata: ‘E cada um foi para sua casa. Jesus, entretanto, foi para o Monte das Oliveiras’ (João 7:53–8:1).

“Enquanto a cidade permanecia em silêncio e os discípulos retornavam às suas casas para repousar, Jesus permanecia desperto. Suas súplicas fervorosas ascendiam do Monte das Oliveiras ao Pai, intercedendo para que Seus discípulos fossem guardados das influências malignas que enfrentavam diariamente e para que Ele próprio recebesse força e amparo diante dos desafios do dia seguinte. Enquanto Seus seguidores dormiam, Seu Mestre orava. A geada e o orvalho da noite cobriam Sua cabeça inclinada em oração. Com esse exemplo, Ele deixou um modelo a ser seguido.

“A Majestade do Céu, imersa em Sua missão, estava constantemente em fervorosa oração. Nem sempre Se dirigia ao Monte das Oliveiras, pois Seus discípulos conheciam esse retiro e frequentemente O seguiam. Por isso, escolhia a tranquilidade da noite, quando podia orar sem interrupções. Durante o dia, curava os enfermos, ressuscitava os mortos e transmitia bênçãos e força. As tempestades obedeciam à Sua ordem.

“Mesmo sendo puro e sem pecado, Jesus não Se contaminava com a corrupção ao Seu redor. Ele orava com forte clamor e lágrimas, intercedendo por Seus discípulos e por Si mesmo. Assim, identificava-Se com as nossas necessidades, fraquezas e lutas humanas. Embora não tivesse as paixões da natureza humana decaída, enfrentava as mesmas dificuldades e provações. Em meio aos sofrimentos, buscava o auxílio do Pai.

“Cristo é nosso exemplo. Os ministros de Deus enfrentam tentações e ataques de Satanás? Ele, que nunca pecou, buscava refúgio no Pai nas horas de angústia. Sua vinda à Terra tinha o propósito de nos oferecer graça e força em tempos de necessidade, demonstrando a importância da oração fervorosa e contínua. Se os ministros de Cristo seguissem Seu exemplo, seriam revestidos de Seu Espírito e auxiliados pelos anjos” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2 [2021], p. 413, 414).