Parte 7: “Precisamos de um Desses!”

Por DIANA FISH



Diana e Loren Fish tinham seus empregos dos sonhos. Ela estava trabalhando em desenvolvimento no Hospital Adventista do Sétimo Dia em Orlando, Flórida, e ele tinha

Uma prática de aconselhamento bem-sucedida. Mas algo estava faltando. Eles oraram.

Por capricho, Diana participou de uma conferência de Ministérios Femininos da Divisão Norte-Americana.

No salão de exposições, ela parou no estande da Escola Indígena Adventista do Sétimo Dia de Holbrook para admirar a cerâmica feita pelos alunos. Quando uma

Mulher no estande soube que Diana trabalhava em desenvolvimento, ela disse animadamente que a escola estava procurando um diretor de desenvolvimento. Diana descartou

A ideia de que Deus poderia estar chamando-a para trabalhar na escola no Arizona.

Seis meses depois, Loren decidiu no último minuto participar da Sessão da Conferência Geral de 2015 em San Antonio, Texas. No salão de exposições, ele se viu no estande de Holbrook. Quando uma mulher no estande soube que ele era assistente social clínico licenciado, ela disse animadamente: “Precisamos de um desses!” Ela perguntou sobre o emprego de sua esposa, e ele respondeu que ela trabalhava em desenvolvimento. “Precisamos de um desses também!”, disse a mulher, acenando para o marido, que por acaso era o diretor de Holbrook.

Semanas depois, o casal visitou Holbrook depois de passar férias para ver a família em colorado. Eles passaram nove horas conversando com a equipe sobre a missão da escola de fornecer um lugar seguro para as crianças indígenas americanas aprenderem e crescerem.

Eles souberam que a equipe sonhava em ter aconselhamento cristão disponível 24 horas por dia para alunos lidando com transtorno de estresse pós-traumático e outras questões de saúde mental. Diana se revirou naquela noite no quarto de hóspedes da escola.

De manhã, ela notou dois livros idênticos em uma estante.

Eles pareciam familiares. Alcançando sua mochila, ela puxou o mesmo livro, que Loren havia recebido na Sessão da Conferência Geral. Era intitulado, siga: A Qualquer Hora, Em Qualquer Lugar, A Qualquer Custo, por Don MacLafferty. Imediatamente, Diana soube que Deus os estava chamando para Holbrook. Ela orou: “Você terá que colocar a mesma impressão no coração de Loren.”

Vários dias depois, de volta à Flórida, Loren disse a Diana que ele estava orando e sentiu que Deus os estava chamando para Holbrook. Naquela noite, eles enviaram seus currículos e começaram a fazer as malas. Duas semanas depois, eles receberam as posições. Eles trabalharam na escola nos últimos 10 anos. “Deus é tão incrível”, Disse Diana. “Ele me mostrou a cada passo do caminho que Ele está trabalhando em minha vida. Antes que eu O conhecesse, Ele me conhecia e tinha um plano.”

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Existe alguma solução para isso?

Alguns anos atrás, ouvi uma história curiosa sobre Darren, um homem que enfrentava dificuldades e decidiu procurar uma psicóloga. Sentado no consultório, ele compartilhou sua preocupação:

“Não estou dormindo bem. Fiz um check-up recente, e o médico garantiu que minha saúde está em perfeito estado. No entanto, quando me deito, simplesmente não consigo dormir. No dia seguinte, fico exausto. Preciso desesperadamente de uma boa noite de sono.”

A psicóloga escutou com atenção, demonstrando interesse genuíno. Após um breve silêncio, perguntou:

“Se o problema não é físico, há algo que esteja lhe preocupando e impedindo seu descanso?”

Darren hesitou por um momento antes de responder:

“Podemos dizer que sim, mas, para ser mais direto, o problema é minha consciência. Fiz coisas das quais me envergonho, e isso tem me atormentado.”

Ele observou a reação da psicóloga com certa apreensão.

“Isso é compreensível”, ela respondeu com empatia. “Quando nossas ações entram em conflito com nossos valores, a consciência pode nos tirar o sono até resolvermos a situação.” Ela sorriu, tentando aliviar a tensão. “Gostaria que eu o ajudasse a aliviar esse peso?”

Darren, no entanto, não percebeu a brincadeira.

“Na verdade, eu estava pensando se você poderia me ajudar a me livrar dela completamente.”

Ele via sua consciência como o verdadeiro problema.

Muitas vezes, iludimo-nos pensando que nosso coração não é tão falho quanto realmente é. Acreditamos que, se conseguirmos silenciar nossa consciência, tudo ficará bem. Nesta semana, refletiremos sobre a conexão entre os altares onde adoramos e a verdadeira condição do nosso coração.

Leia, Ellen G. White, O Cuidado de Deus, “Dou meu coração”.

Advertência séria

O ministério profético de Jeremias para Judá, o reino do sul, estendeu-se de 627 a.C. até pouco depois da queda de Jerusalém em 587 a.C., um período marcado por profunda apostasia e declínio espiritual.

Ainda jovem, Jeremias foi chamado por Deus para ser Seu mensageiro e proclamar a iminente destruição. Israel, o reino do norte, já havia sido levado cativo pelos assírios, mas Judá não havia tirado nenhuma lição dessa tragédia. Por causa de seus pecados, logo seriam conquistados pelos babilônios e levados ao exílio. A mensagem de Jeremias era dura e impopular, e ele enfrentou intensa perseguição por proclamá-la com fidelidade.

Jeremias advertia que a raiz da crise era o afastamento do povo de Deus. Ele destacava a corrupção do coração humano e afirmava que os pecados de Judá estavam gravados “com um ponteiro de ferro e com ponta de diamante” (Jeremias 17:1), evidenciando quão profundamente enraizados estavam na vida do povo.

Por meio de Jeremias, Deus apresentou um forte contraste entre aqueles que confiavam Nele e os que depositavam sua fé na força humana (Jeremias 17:5-8). O problema era agravado pela incapacidade do coração humano de reconhecer sua própria condição, pois é inclinado ao autoengano (v. 9). Apenas Deus pode sondar o coração e revelar nossa verdadeira situação espiritual (v. 10).

Diante dessa realidade, Jeremias clamou: “Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo, porque Tu és o meu louvor” (v. 14). Ele não apenas desejava que a nação voltasse para Deus, mas também reconhecia sua própria necessidade de restauração espiritual.

O capítulo termina com o apelo de Deus para que Judá voltasse a guardar o Sábado (v. 19-27). O Senhor tratava essa questão com seriedade: a continuidade do trabalho no dia sagrado resultaria na destruição de Jerusalém (v. 27). O Sábado era um sinal da consagração de Israel a Deus. A forma como o povo tratava esse mandamento revelava a condição de seu coração e a ruína de seus altares de adoração.

O que Jeremias 17 promete àqueles que obedecem a Deus e santificam o Sábado?

Quais riscos Jeremias enfrentou ao anunciar uma mensagem indesejada sobre arrependimento?

Coração transformado

É significativo perceber que, mesmo naquela fase da história de Israel, Deus ainda buscava a transformação do coração de Seu povo. Na Bíblia, o termo "coração" não se refere ao órgão físico, mas à sede da consciência, de onde surgem pensamentos e desejos. O rei Salomão destacou essa ideia ao afirmar: “Acima de todas as coisas, guarde seu coração, pois ele dirige o rumo de sua vida” (Provérbios 4:23). Da mesma forma, Jesus descreveu o coração como a fonte dos pensamentos pecaminosos (Marcos 7:21).

Jeremias 17 revela que séculos de idolatria e falsa adoração corromperam a mente do povo de Deus. O rei Josias, que governou durante parte do ministério de Jeremias, “tinha purificado dos altares idólatras o país, mas o coração da multidão não tinha sido transformado” (Ellen G. White, Profetas e Reis [2021], p. 241). Embora Josias tenha destruído os altares pagãos de Judá, a idolatria ainda estava profundamente enraizada no coração do povo. Os profetas daquela época deixaram claro que, mesmo removendo ídolos físicos, ainda era possível levantar “ídolos dentro de seu coração” (Ezequiel 14:3).

Por meio de Jeremias, Deus chamou Seu povo a uma reforma espiritual genuína, que só poderia acontecer com a restauração da adoração ao Deus verdadeiro. A devoção pessoal havia sido substituída por altares falsos e divindades estrangeiras. A ênfase no Sábado em Jeremias 17 é um convite para restaurar a adoração verdadeira e reconstruir o altar da comunhão com Deus, permitindo que o coração fosse renovado e o relacionamento com Ele restaurado.

Qual a importância da ligação entre o altar de adoração e o coração (ou mente)? Ellen White esclareceu: “Cada órgão do corpo foi feito para ser servo da mente. A mente é a capital do corpo. A mente controla todo o ser. Todas as nossas ações, boas ou más, têm sua origem na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais” (Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 72). Ela também afirmou: “Não há palavras para descrever as profundas bênçãos do louvor genuíno” (Testemunhos Para a Igreja [2021], v. 9, p. 112). A verdadeira adoração transforma a mente e renova o coração.

O que é um ídolo do coração? (Ezequiel 14:3-7)

Momento de Reflexão

De que forma a obediência a Deus se torna um ato de adoração? Explique com base em Mateus 15:7-9 e outros textos bíblicos.

Ao entregar nosso coração a Deus, que transformações serão evidentes em nossa vida?



Quais são os fatores que podem nos afastar de Deus e de Sua Palavra?

De que maneiras o tempo devocional com Deus contribui para a purificação do seu coração?

Qual é a atuação do Espírito Santo na transformação do coração? (Ezequiel 36:25-27)

Como você pode resistir à tentação de passar tempo nas redes sociais em vez de se dedicar à Palavra de Deus?

Agora, compare suas respostas aos textos a seguir. De que maneira esses versículos se relacionam com o cuidado e a transformação do coração?

De todo o coração:

Jeremias 3:10; Marcos 12:30

Um coração que não está em harmonia com Deus:

Isaías 29:13; Ezequiel 33:31; Mateus 13:15; 15:7-9; Marcos 7:21, 22; Atos 8:21

Problemas cardíacos

Um estudo publicado em 2024 revelou que, entre os mais de 8 bilhões de habitantes do planeta, 67,1% (5,44 bilhões de pessoas) acessam a internet, e 62% (5,07 bilhões) utilizam alguma rede social (www.whatsthebigdata.com/internet-statistics/). Em média, os usuários passam quase três horas diárias nessas plataformas, totalizando 720 bilhões de minutos de uso por dia. Em um ano, isso equivale a mais de 260 trilhões de minutos, ou 500 milhões de anos de tempo humano coletivo (Simon Kemp, “The Time We Spend on Social Media”, DataReportal, 2024). E esses números nem incluem o tempo gasto em outros dispositivos digitais, como televisores e computadores. Diante disso, será que é possível consumir tanto conteúdo secular sem que nosso coração seja influenciado ou transformado?

Em Mateus 6:21, Jesus afirmou: “Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” Em outras palavras, aquilo em que investimos nosso tempo, atenção e interesse revela o que realmente valorizamos. O mundo constantemente disputa o primeiro lugar em nosso coração, e por isso Jesus nos instruiu a buscar “em primeiro lugar o reino de Deus” (Mt 6:33), colocando todas as demais coisas em segundo plano.

A batalha pelo nosso coração é uma disputa por quem conseguirá capturar e reter nossa atenção. Ellen G. White escreveu: “Uma das leis que regem nosso intelecto faz com que ele se adapte pouco a pouco aos assuntos nos quais é ensinado a se concentrar. Se a mente se ocupar apenas com coisas vulgares, acabará ficando atrofiada e fraca” (Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 528).

Nossas escolhas diárias sobre onde colocamos nosso foco determinam em quem estamos nos tornando. Isso se torna ainda mais preocupante em um tempo de imersão digital, onde podemos passar horas deslizando o feed e clicando em conteúdos sem sequer perceber.

Diante desse cenário, o que você faz para proteger seu coração e sua mente contra as constantes distrações digitais? (Provérbios 4:23.)

Quais são as distrações que você enfrenta em seu tempo devocional e como você consegue ter um tempo de qualidade com Deus?

Corações longe de Deus

A reforma realizada por Josias havia purificado a nação dos altares idólatras, mas o coração do povo não havia sido transformado. As sementes da verdade, que haviam começado a brotar com a promessa de uma grande colheita, foram sufocadas pelos espinhos. Outra apostasia semelhante seria desastrosa; por isso, Deus buscou alertar a nação sobre o perigo que enfrentavam. Somente pela fidelidade a Jeová poderiam esperar Seu favor e prosperidade.

Jeremias frequentemente direcionava o povo aos ensinamentos de Deuteronômio. Mais do que qualquer outro profeta, ele enfatizou a importância da lei mosaica, mostrando como sua obediência poderia trazer as maiores bênçãos espirituais para a nação e para cada indivíduo. Ele exortava: “Perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma” (Jeremias 6:16).

Em uma ocasião, por ordem do Senhor, Jeremias posicionou-se em uma das principais entradas da cidade e advertiu o povo sobre a necessidade de santificar o Sábado. Os habitantes de Jerusalém estavam em risco de perder de vista a santidade desse dia e foram solenemente alertados a não realizarem suas atividades seculares nele.

Deus prometeu bênçãos para aqueles que obedecessem: “Se, deveras, Me ouvirdes, diz o Senhor, não introduzindo cargas pelas portas desta cidade no dia de Sábado, e santificardes o dia de Sábado, não fazendo nele obra alguma, então, pelas portas desta cidade entrarão reis e príncipes, que se assentarão no trono de Davi, andando em carros e montados em cavalos, eles e seus príncipes, os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém; e esta cidade será para sempre habitada” (Jeremias 17:24, 25).

Essa promessa de prosperidade, condicionada à obediência, veio acompanhada de uma solene advertência: caso a cidade desconsiderasse os mandamentos de Deus e a santificação do Sábado, terríveis juízos cairiam sobre Jerusalém. Se ignorassem as instruções divinas, a cidade e seus palácios seriam consumidos pelo fogo.

Assim, Jeremias permaneceu firme na defesa dos princípios de uma vida justa, claramente delineados no livro da lei. No entanto, a condição espiritual da terra de Judá exigia medidas drásticas para que uma verdadeira reforma acontecesse. Por isso, ele apelou com grande fervor aos impenitentes, dizendo: “Lavrai para vós outros campo novo, e não semeies entre espinhos.” E ainda: “Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva!” (Jeremias 4:3, 14; Ellen G. White, Profetas e Reis [2021], p. 241, 242).