Parte 3: Tentativa de Suicídio

Por Andrew McChesne

O marido de Diana ficou irritado quando três mulheres insistiram em visitar a casa para estudar seus livros religiosos. No dia do casamento, ele havia dito a Diana: “Nunca tente me levar à igreja.” Agora, ele se opunha à presença das três mulheres e jogou for a os livros que elas lhe deram.

As mulheres convidaram Diana para as reuniões noturnas de sua igreja. No entanto, Diana trabalhava à noite no Pizza Hut para pagar as contas. Uma das mulheres a pressionou a conseguir um emprego diurno em um jornal para que ela pudesse ir às reuniões. Enquanto estudava, Diana aprendeu que as mulheres acreditavam que Jesus era um ser criado e não eterno. Lendo a literatura delas, ela viu que o Jesus delas não correspondia ao Jesus que ela havia aprendido na Bíblia quando era criança. Então, Diana e seu marido se separaram, e ela se mudou com seus três filhos para Santa Fé, Novo México. Sem pensão alimentícia, amigos ou família, ela trabalhava em tempo integral para pagar as contas e cuidar dos meninos, que tinham um, três e cinco anos. Caindo em um relacionamento abusivo, ela começou a pensar em suicídio novamente. Um dia, depois de deixar seus filhos na creche e na escola, ela foi a uma loja de armas e comprou uma arma. Ela sabia como usá-la de seus dias na Marinha.

Sentada no sofá em casa, ela carregou a câmara da arma, puxou o gatilho e pressionou a arma contra o peito. Uma voz acusadora, muito familiar, ecoou em sua cabeça. “Você é uma pessoa terrível,” disse a voz. “Você é uma mãe terrível.” Diana apertou firmemente o gatilho. Ela sentiu seu coração batendo forte em sua cabeça. Então, uma voz calmante a interrompeu.

“E as suas crianças?” disse a voz.

Antes que ela pudesse responder, a voz acusadora contra-atacou: “Elas estarão melhor sem você.”

“Elas precisam de você,” a voz calmante suplicou.

Diana pensou em como sua morte afetaria seus filhos. Ela ficou furiosa. Ela havia elaborado um plano para acabar com sua dor, mas agora não conseguia prosseguir. “Eu não aguento mais! É muito difícil!” ela gritou.

“Você não precisa,” a voz calmante disse. “Eu farei isso por você.”

Com essas palavras, Diana abaixou a arma, desabou no chão e chorou até não poder mais chorar. Então, ela ligou para uma colega de trabalho de confiança. Juntas, elas dirigiram para o deserto para disparar a arma. Mais tarde, quando Diana tentou devolver a arma, o dono da loja se recusou, dizendo: “Ela foi usada.”

“Mas você tem que aceitá-la de volta,” Diana insistiu, explicando que ela havia dado um cheque sem fundos. O dono relutantemente aceitou a arma de volta e não a denunciou à polícia. Diana acreditou que ele percebeu o que havia acontecido.

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Sentindo-se desejado

Uma tarde de sexta-feira, minha esposa, Kemba, recebeu um convite de sua supervisora interina para uma reunião no Zoom. A supervisora disse a Kemba que seu cargo estava sendo extinto e que toda sua equipe seria dispersa para outros departamentos. A carreira de nove anos de Kemba em uma empresa onde ela havia recebido vários prêmios terminou em menos de cinco minutos.

Como geralmente acontece, há mais na história do que parece. A supervisora interina estava com ciúmes do sucesso de Kemba há algum tempo. Ela frequentemente falava mal das conquistas da equipe de Kemba e até mesmo se apropriava de seu trabalho. Quando essa mulher se tornou a supervisora interina, minha esposa sabia que problemas viriam. Mesmo antecipando, ser demitida foi devastador.

Enquanto lidávamos com a dor de Kemba, entregamos a situação completamente a Deus. Confiamos que, se Deus permitisse essa porta se fechar, Ele abriria uma melhor. Algumas semanas depois, uma amiga incentivou Kemba a se candidatar ao cargo de Diretora Financeira (CFO) na empresa onde trabalhava. Ela se candidatou e, após várias entrevistas, foi escolhida. Eles viram nela uma combinação única de experiência, habilidades e temperamento que consideraram perfeita para o cargo. Foi tão bom se sentir desejada, e não apenas tolerada.

Na história bíblica em que nos concentraremos durante esta semana, Jesus faz uma declaração surpreendente. Ele diz que Deus está procurando um grupo especial de pessoas. Muitos afirmam adorá-Lo, mas Ele está procurando verdadeiros adoradores, aqueles que O adorarão em espírito e em verdade (João 4:23, 24). É muito bom ser desejado por Deus, não é mesmo?

Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, capítulo 19: “Junto ao poço de Jacó”.

O centro da adoração

João 4 é um dos capítulos mais poderosos da Bíblia. Testemunhamos os extremos aos quais Jesus vai para levar o evangelho aos perdidos. Era um tabu cultural para um homem judeu, e especialmente um rabino (um mestre religioso), falar com uma mulher samaritana. Judeus e samaritanos adoravam em templos separados, liam versões diferentes da Torá e não tinham contato social entre si. Os samaritanos descendiam de israelitas que haviam se casado com estrangeiros pagãos após o cativeiro assírio (722 a.C.).

Quando Jesus pediu à mulher samaritana no poço de Jacó que Lhe desse água, Ele quebrou várias regras culturais, daí a resposta dela: "Como, sendo Tu judeu, pedes de mim água, sendo eu samaritana?" (João 4:9). Jesus respondeu dizendo a ela, em essência: "Você não tem ideia de quem está pedindo água. Se soubesse, você Lhe pediria água viva que sacia a sede espiritual da alma. (João 4:10). " Quando a mulher pediu para beber da água que Jesus oferecia, Ele a surpreendeu revelando que sabia de seus cinco maridos anteriores e de seu atual namorado, apesar de nunca a ter conhecido antes (vv. 16–18). Sua profunda percepção de sua vida pessoal evidenciou Seu ministério profético enquanto sinalizava sua necessidade de arrependimento.

A mulher rapidamente mudou de assunto, destacando uma das discussões populares da época: onde as pessoas deveriam adorar a Deus. Na época de Esdras, quando os samaritanos foram proibidos de ajudar a reconstruir o templo de Jerusalém, os samaritanos construíram um templo rival para si mesmos no Monte Gerizim. Isso aumentou a hostilidade que persistiria ao longo de séculos.

Quando ela mencionou a controvérsia (João 4: 20), Jesus respondeu dizendo: “Mas vem a hora – e já chegou – em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (v. 23). Deus está procurando esse tipo de adoradores. Ele é Espírito, então aqueles que O adoram devem ter o Espírito Santo e a mesma dedicação à verdade revelada pelo Espírito Santo (João 4:23, 24). A mulher então apontou para o dia em que o Messias revelaria todas as coisas. Jesus respondeu: “Eu sou o Messias, Eu que estou falando com você” (v. 26). Jesus revelou que o importante não é onde adoramos, mas quem adoramos.

Em que aspectos a mulher samaritana tinha um entendimento equivocado sobre adoração?

Verdadeira adoração

Há tanto para amar na história da mulher samaritana no poço de Jacó. É difícil capturar tudo com palavras. Esta narrativa (João 4:1–26) é a conversa mais longa registrada nas Escrituras que Jesus teve com alguém — mais longa do que qualquer uma com Seus discípulos, mais longa do que qualquer uma com Sua família. Esta mulher também foi a primeira "forasteira" no livro de João a quem Jesus revelou Sua messianidade, e ela foi a primeira crente em qualquer dos Evangelhos a se tornar uma evangelista imediata, deixando seu cântaro no poço em sua pressa para convidar toda a cidade a vir conhecer Jesus (v. 28–30).

Embora as muitas “primeiras vezes” maravilhosas nessa história sejam dignas de estudo, pode não haver nada mais crucial para entendermos do que Jesus disse sobre a adoração. O local de adoração e o papel do altar na adoração eram fundamentais para o povo de Israel.

Avançando alguns séculos, Jesus começou a mudar o paradigma. Ele disse à mulher samaritana que havia chegado a hora de uma nova maneira de pensar sobre a adoração. A hora havia chegado para os verdadeiros adoradores adorarem não apenas em um certo lugar, mas muito mais importante, em espírito e em verdade. Ellen White observou que "Não é buscando uma montanha santa ou um templo sagrado que os homens são levados à comunhão com o céu.

A religião não deve ser confinada a formas e cerimônias externas. Embora as muitas “primeiras vezes” maravilhosas nessa história sejam dignas de estudo, pode não haver nada mais crucial para entendermos do que Jesus disse sobre a adoração. O local de adoração e o papel do altar na adoração eram fundamentais para o povo de Israel.

Ao se aproximar de Sua morte, Jesus prometeu a Seus discípulos que o Espírito Santo viria. "Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará por Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir" (João 16:13). Para Jesus, a verdadeira adoração é impossível sem o Espírito Santo, porque 1 o Espírito fornece a motivação para a adoração, e 2 sem Sua obra no coração, a verdade não pode ser recebida ou entendida.

Deus procura adoradores cujas vidas inteiras sejam um ato de adoração, que são guiados pelo Espírito à verdade e que vivem a verdade no poder do Espírito Santo. Esta foi a experiência de adoração à qual Jesus convidou a mulher samaritana, e Ele estende o mesmo convite a nós.

Por que a verdade e o Espírito são tão importantes para a adoração verdadeira? Por que Jesus destacou esses dois aspectos e não alguma outra coisa?

Momento de Reflexão

O que significa adoração para você? Antes de responder, tire um momento para refletir. Evite apenas repetir o que já ouviu de outras pessoas sobre esse tema. Pense na sua própria jornada religiosa e espiritual.

O que você já experimentou e descobriu sobre sua espiritualidade? Consegue manter uma constância espiritual além da rotina religiosa? Você percebe a diferença entre as duas e, ao mesmo tempo, a conexão que existe entre elas?

A história da mulher samaritana é um exemplo poderoso e desafiador para nossa fé. Jesus nos convida a dar um passo além na adoração, chamando-nos a adorá-Lo em espírito e em verdade. Afinal, é esse tipo de adorador que Ele busca.

Como os versículos a seguir nos ajudam a entender melhor como adorar a Deus em espírito e em verdade?

O Espírito Santo é indispensável:

João 3:5-8; 14:15-17, 26; Romanos 8:26

A verdadeira adoração é muito importante para Deus:

Isaías 1:13-15; Amós 5:21-27; Marcos 7:6-9; Romanos 1:25

Números

Entre 2017 e 2018, pesquisadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia entrevistaram 63.756 membros da igreja em todo o mundo, sendo 17.970 deles jovens entre 21 e 35 anos. Os dados coletados nessa pesquisa revelaram que a comunhão diária com Deus é um grande desafio para os jovens Adventistas. Apenas 59% desse grupo oravam pelo menos uma vez por dia fora das refeições, e um número ainda menor (41%) lia a Bíblia diariamente.

A pesquisa também apontou que 28% dos jovens estudam a Lição da Escola Sabatina todos os dias, enquanto 29% a estudam mais de uma vez por semana. Quando se trata dos escritos de Ellen G. White, apenas 14% os leem diariamente, e 18% os leem mais de uma vez por semana (Discipling, Nurturing, and Reclaiming [General Conference of Seventh-day Adventists, 2020], p. 161, 162).

É claro que nenhuma pesquisa pode avaliar as intenções e motivações do coração. Embora práticas como estudo da Bíblia, oração, generosidade financeira e testemunho pessoal sejam sinais de comprometimento com Deus, elas não são um termômetro absoluto do relacionamento espiritual.

No entanto, os resultados mostram claramente que a maioria dos jovens Adventistas tem dificuldade em dedicar um tempo diário para Deus. Muitos altares de adoração matutina e vespertina estão em ruínas. Se a Palavra de Deus é nosso alimento espiritual, assim como o pão sustenta nosso corpo (Mateus 4:4), então grande parte de nós está tentando sobreviver espiritualmente sem se alimentar regularmente. Jesus é o pão da vida que desceu do Céu (João 6:41), e desacelerar para desfrutar da Palavra de Deus diariamente fortalece nossa vida espiritual.

A adoração não pode ser medida apenas pelo tempo dedicado ao estudo da Bíblia ou à oração. Afinal, é possível estudar as Escrituras sem permitir que o coração seja transformado. Por isso, devemos nos humilhar diante de Deus e buscar a orientação do Espírito Santo.

Você se lembra de algum dia em que estudou a Bíblia, mas isso não fez muita diferença porque lhe faltava o Espírito Santo?

Verdadeiros adoradores

Quando o templo de Jerusalém foi reconstruído nos dias de Esdras, os samaritanos desejaram participar dessa obra ao lado dos judeus. No entanto, esse privilégio lhes foi negado, o que gerou uma grande disputa entre os dois povos. Como consequência, os samaritanos ergueram um templo rival no monte Gerizim, onde adoravam conforme o ritual de Moisés, sem, contudo, abandonar completamente a idolatria. Porém, calamidades os atingiram, seu templo foi destruído por inimigos, e passaram a ser vistos como um povo sob maldição. Ainda assim, mantiveram-se fiéis às suas tradições e formas de culto, recusando-se a reconhecer o templo de Jerusalém como a Casa de Deus ou a admitir a superioridade da religião judaica.

Respondendo à mulher samaritana, Jesus declarou: "Podes crer-Me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus" (João 4:21, 22). Com essas palavras, Ele demonstrou estar livre do preconceito judaico contra os samaritanos e, ao mesmo tempo, buscava desfazer o preconceito da samaritana contra os judeus.

Ao mencionar a corrupção da fé samaritana pela idolatria, Jesus também destacou que os judeus haviam recebido as grandes verdades da redenção. Foi entre eles que o Messias surgiria. As Sagradas Escrituras lhes haviam concedido uma revelação clara do caráter de Deus e dos princípios de Seu governo. Jesus, então, Se identificou com os judeus como o povo a quem Deus confiara o conhecimento sobre Ele.

Contudo, Cristo queria levar sua ouvinte a enxergar além das questões de rituais, cerimônias e disputas religiosas. Ele afirmou: "Vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores. Deus é Espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em espírito e em verdade" (João 4:23, 24).

Essa verdade já havia sido apresentada por Jesus a Nicodemos, quando disse: "Se alguém não nascer de novo [nascer de cima], não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). O acesso à comunhão com Deus não depende de um local sagrado, seja um monte ou um templo. A verdadeira religião não se resume a ritos e cerimônias exteriores. Somente a religião que vem de Deus pode conduzir de volta a Ele.

Para servir a Deus verdadeiramente, é necessário nascer do Espírito. Essa transformação purifica o coração, renova a mente e concede uma nova capacidade de conhecer e amar a Deus. Além disso, gera uma obediência voluntária a todos os Seus mandamentos. Esse é o verdadeiro culto – o resultado da ação do Espírito Santo. É Ele quem inspira cada oração sincera, tornando-a aceitável a Deus. Onde quer que um coração se abra em busca do Senhor, Sua obra será manifesta, e Ele Se revelará à pessoa. Deus procura adoradores assim, desejando recebê-los como Seus filhos e filhas. (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [2021], p. 140, 141).