Altares para recordar

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Gêneses 12:1-9
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Gêneses 12:1-9

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 19 de Abril.

O Grande Balde de Manteiga

Por Andrew Mcchesney

Depois que alguém roubou a vaca da família, a mãe conseguiu um cachorro para cuidar da nova vaca. A mãe também queria que o cachorro guardasse o dízimo: um grande balde de manteiga.

O pai, um pastor Adventista do Sétimo Dia, estava longe em um campo de trabalho soviético, acusado de guardar o Sábado. A vaca era a única fonte de renda para a mãe e seus dois filhos pequenos na então república soviética do Tajiquistão. A mãe ordenhava a vaca e trocava o leite por comida no mercado. A mãe também separava 10% do leite como dízimo, transformando-o em manteiga e armazenando-o em um balde. Quando o balde estava cheio, ela o vendia.

Um dia, a mãe ordenhou a vaca e disse às duas crianças para esperarem enquanto ela ia ao mercado. “Não abram a porta”, ela disse. Ela verificou se o balde de manteiga estava perto do cachorro, que estava amarrado no quintal, e saiu.

As crianças esperaram e esperaram. Então o portão se abriu, e um estranho entrou no quintal. O cachorro não latiu. O homem, que vestia roupas muçulmanas, caminhou até o cachorro. Era como se o cachorro não o visse. O homem pegou o balde de manteiga, virou-se e saiu. Mais tarde, as crianças contaram animadamente à mãe sobre o homem. Ninguém entendeu o que havia acontecido.

Muitos anos se passaram. O pai foi libertado do campo de trabalho e retomou suas funções como pastor. Ele e a mãe tiveram mais cinco filhos. Sua filha mais velha, Nina, casou-se e teve seus próprios filhos. Ela também conseguiu um emprego, limpando os escritórios de uma empresa de fertilizantes. Para receber seu salário, Nina tinha que ir ao contador da empresa. Um dia, enquanto esperava por seu salário, ela contou ao contador sobre o balde de manteiga. O contador ouviu educadamente até que Nina descreveu o homem com roupas muçulmanas. O contador exclamou: “Quando isso aconteceu?” Nina contou. O contador começou a chorar. “Você quer saber como a história terminou?” ela perguntou. Ela disse que ela e seus quatro irmãos cresceram na Sibéria. Seus pais foram mortos durante a Segunda Guerra Mundial, e eles viviam com a avó. Os tempos eram difíceis, e chegou o dia em que a comida acabou. A avó chamou as cinco crianças para orar ao redor da mesa vazia. Depois de orar, uma batida foi ouvida na porta. Lá for a estava um homem vestindo roupas muçulmanas. Em uma mão, ele segurava um balde de manteiga. Na outra, ele segurava um pão.

Na empresa de fertilizantes, o contador implorou a Nina para contar mais sobre Deus. Com o tempo, o contador e sua filha entregaram seus corações a Jesus e se juntaram à Igreja Adventista.

Até hoje, ninguém sabe a identidade do homem misterioso. Mas Liubov Brunton, filha de Nina, não tem dúvidas de que ele era um anjo.

“Para um anjo, levou apenas uma fração de segundo para transportar o balde de manteiga do Tajiquistão para a Sibéria”, ela disse. “Só me pergunto onde o anjo encontrou o pão. Mal posso esperar para chegar ao céu e ouvir o resto da história.”

Fornecido pelo Escritório da Conferência Geral da Missão Adventista, que usa as ofertas missionárias da Escola Sabatina para espalhar o evangelho em todo o mundo. Leia novas histórias diariamente em www.licao.org/historias.

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Mente distraída

Em um Sábado, o pastor associado da minha igreja fez um desafio especial. Ele pediu que todos tirassem uma selfie com alguém, se comprometessem a orar juntos todos os dias da semana seguinte e depois postassem esse compromisso nas redes sociais, marcando a página da igreja. Fiz parceria com um adolescente chamado Derwyn. Mas havia um problema: eu me distraía com facilidade.

Com tanta coisa passando pela minha cabeça o tempo todo, eu sabia que poderia esquecer de orar por Derwyn diariamente. Então, logo que voltei para o meu lugar, fiz algo para garantir que não esqueceria: peguei meu celular e criei um lembrete para orar por ele todos os dias às 5 horas da manhã. Anos se passaram, e até hoje continuo orando por Derwyn nesse horário, porque meu celular me ajuda a lembrar.

Nos tempos bíblicos, as pessoas não tinham tecnologia para ajudá-las a lembrar das coisas, mas encontravam outras formas de registrar momentos importantes. Como a transmissão de conhecimento era feita oralmente, elas tinham uma memória mais treinada do que nós, mas ainda assim usavam símbolos para não esquecerem acontecimentos marcantes. Um desses símbolos eram os altares de recordação.

Na Bíblia, os altares representavam momentos de entrega e gratidão a Deus. Eles eram sinais visíveis da experiência pessoal com Ele e serviam para lembrar e comemorar encontros especiais com o Senhor. Quando Deus fazia algo extraordinário na vida de alguém, essa pessoa construía um altar para registrar e celebrar o que havia acontecido. Assim, os altares se tornavam lembranças dos momentos em que Deus agiu e falou com Seu povo.

Leia, de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, capítulo 13: “A prova da fé”.

Promessa para não esquecer

Gênesis 12 começa com Deus fazendo um pedido surpreendente a Abrão: "Faça as malas com sua família e tudo o que você possui e vá para um lugar que eu lhe mostrarei". Gênesis 11 termina nos informando que Abrão era filho de Terá, um homem que havia começado uma jornada para Canaã e estabelecido a família a cerca de 600 quilômetros de distância, em um lugar chamado Harã. Algum tempo depois que Terá morreu, Deus apareceu a Abrão (mais tarde chamado Abraão) para fazer uma aliança com ele. Deus prometeu fazer dos descendentes de Abraão uma grande nação. O nome de Abraão seria grande (Gêneses 12:2), e ele seria uma bênção para o mundo inteiro.

Abrão, aos 75 anos de idade, vivendo confortavelmente da herança deixada por seu pai, imediatamente fez as malas, e, com sua esposa Sara, toda a sua família, a família de seu sobrinho Ló e todas as suas posses partiu para a terra de Canaã (Gêneses 12:4-6). A resposta de Abrão foi obediência imediata! E, quando chegou a Canaã, Deus disse: “Darei esta terra à sua descendência” (v. 7).

Abraão ficou tão comovido com o favor surpreendente de Deus para com ele, um simples andarilho do deserto, que seu próximo ato foi construir um altar para lembrar o local onde ele havia se encontrado com Deus. Este altar memorializou o lugar onde Deus apareceu a ele (um altar ao qual ele mais tarde retornou em Gênesis 13:4). Quando Abraão partiu daquele local e armou sua tenda perto de Betel, ele construiu outro altar.

Pense por um momento sobre esses dois altares que Abraão construiu em rápida sucessão depois que Deus falou com ele. Esses altares simbolizavam o compromisso de Abraão de seguir Deus aonde quer que Ele o levasse, mesmo longe de família e amigos. A Bíblia inclui um detalhe interessante ao descrever o segundo altar de Abraão: não apenas foi construído em "nome do Senhor", mas Abraão "invocou o nome do Senhor" (Gênesis 12:8).

Talvez a importância da promessa de Deus tenha começado a pesar sobre Abrão enquanto ele viajava por Canaã. O segundo altar sugere que Abrão buscava um relacionamento mais profundo com Deus. O patriarca queria viver uma vida completamente dedicada a Ele. Queria se lembrar de Deus, de Suas promessas e de Sua presença em todos os lugares que fosse. Se Abrão passasse por ali novamente, queria ter um lembrete de tudo o que Deus tinha feito e estava fazendo por ele. A vida devocional de Abrão estava crescendo a cada dia enquanto ele viajava com Deus – um altar de adoração por vez.

Promessa ameaçada

Gênesis 12:6 diz que, quando Abraão se aproximou da terra prometida, "os cananeus estavam então na terra". Esse fato por si só deve ter enchido Abraão de temor. Este não era um lugar acolhedor. Os cananeus eram um povo devastadoramente cruel e corrupto. Mesmo com a promessa que Deus havia feito, Abraão trocou a paz e a segurança de Harã por uma terra cheia de problemas e ameaças. Este lugar de bênção espiritual estava cheio de problemas que Abraão não podia resolver. Nesta terra de perigo, Abraão aprenderia a confiar nas promessas de Deus. No caminho, porém, Deus sabia que Abraão precisava de reconforto, então Ele disse: "Não tema, Abrão. Eu sou o seu escudo" (Gênesis 15:1). Esta afirmação simples e poderosa fala sobre a disposição de Deus de nos encontrar onde estamos.

Seus planos para o futuro são certos, mas Ele sabe como pode ser difícil caminhar somente pela fé quando encontramos coisas que sabemos que não podemos lidar com nossas próprias forças. Ele quer nos dar encorajamento extra quando precisamos.

Abraão não entendia completamente as implicações da aliança de Deus com ele, mas sabia que precisava de um relacionamento mais próximo com Deus. Ao olhar para o mundo corrupto ao seu redor, Abraão decidiu passar mais tempo em oração, mais tempo em adoração — mais tempo com Deus. As pessoas reconheciam a conexão espiritual próxima que ele cultivava; "ele foi chamado amigo de Deus" (Tiago 2:23).

“A vida de Abraão, o amigo de Deus, era de oração. Onde quer que armasse sua tenda, junto dela construía um altar sobre o qual oferecia os sacrifícios da manhã e da tarde. Ao remover sua tenda, o altar ficava. E o cananeu errante, ao chegar àquele altar, sabia quem havia estado ali; e quando armou sua tenda, consertou o altar e adorou o Deus vivo” (Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 7, p. 40).

Os altares de Abraão não eram apenas para ele mesmo. Cananeus que encontravam seus altares saberiam que ele havia estado lá e aprenderiam sobre o Deus que ele adorava. Os altares de Abraão eram uma das formas de Deus evangelizar as pessoas que Abraão temia. Nossa caminhada devocional com Deus deve levar outros a adorá-Lo.

Pode ter sido tentador para Abraão esconder seus altares para se misturar melhor com seus vizinhos cananeus, mas Abraão deixou esses altares serem um sinal visível de que sua lealdade era para o Deus do céu, não importa que tipo de idolatria fosse popular em Canaã.

Você já foi impactado pela vida devocional de outras pessoas? Como?

Momento de Reflexão

Cada altar que Abrão levantava era uma lembrança do amor, do cuidado e da provisão de Deus. Da mesma forma, não devemos esquecer os momentos em que Deus tem nos guiado desde que começou Sua obra em nossa vida.

Veja o que diz o trecho a seguir:

"O modo como Deus tratou Seu povo deve ser sempre lembrado. Ele demonstrou Sua providência muitas vezes ao antigo Israel! Para que essa história não fosse esquecida, Deus ordenou a Moisés que a colocasse em um hino, para que os pais ensinassem aos filhos. Era importante guardar essas memórias e repeti-las, para que, quando os filhos perguntassem, a história fosse contada novamente.

Assim, o cuidado, a bondade e a misericórdia de Deus seriam sempre lembrados. Somos incentivados a recordar ‘os dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos’ (Hebreus 10:32). ‘Precisamos lembrar constantemente da bondade do Senhor e louvá-Lo por Suas maravilhas’” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 6, p. 289).

Ou seja, manter viva a lembrança das ações de Deus nos fortalece e nos ensina a confiar Nele todos os dias.

Como os versículos a seguir se relacionam com a promessa da aliança de Deus e a resposta de Abrão em Gênesis 12:1-9?

Os altares de Abrão:

Gêneses 13:4, 14-18; 22:9-14

A promessa da aliança é repetida:

Gêneses 15:17-21; 17:1-8

A fé de Abrão:

Romanos 4:20; Hebreus 11:8-11

Auxílio divino

Gênesis 13:1–18 confirma que a construção de altares por Abraão se tornou uma característica regular de sua vida. Diante do crescente conflito entre seus pastores e os de seu sobrinho Ló, Abraão ofereceu a Ló a escolha da terra, concordando em ficar com o que sobrasse (Gênesis 9). Essa disputa perturbou muito Abraão, provavelmente porque ele estava lembrando da promessa da aliança de Deus de uma terra natal. Quando a questão foi resolvida, Abraão construiu um altar de paz em Manre para lembrar o Deus que havia aliviado a tensão e restaurado a paz (v. 18). O altar de Abraão tornou-se um memorial de como Deus o havia ajudado.

Em Gênesis 22, Abraão enfrentou a maior crise de sua vida. Deus pediu que ele sacrificasse seu filho Isaque, o filho por meio do qual a promessa se realizaria. Surpreendentemente, Abraão respondeu a esse teste extremo de fé com obediência extrema. Ele construiu um altar e colocou seu filho sobre ele. Quando um anjo impediu Abraão, Deus providenciou um carneiro para sacrificar no lugar de Isaque (Gênesis 22:13) - uma prefiguração de Jesus, o Cordeiro de Deus, que daria Sua vida por seres humanos pecadores (João 1:29).

Abraão chamou o lugar de "O-Senhor-Proverá" (Gêneses 22:14), pois Deus havia providenciado milagrosamente para ele novamente. Abraão aprendeu a confiar em Deus como seu Ajudador em tempos de crise terrível. O altar no Monte Moriá sempre lembraria Abraão de como Deus providenciou um sacrifício substituto para Isaque.

Muitas vezes adoramos a Deus sem realmente pensar em todas as coisas que Ele tem feito e está fazendo por nós (Salmos 103:2). Uma das melhores maneiras de memorializar a bondade de Deus é nomear o lugar onde Deus fez algo especial por você. Alguns que são musicalmente inclinados escrevem canções para Deus para comemorar Sua bondade em suas vidas. Minha mãe, uma excelente cozinheira, prepara pratos saborosos e os dá a pessoas necessitadas quando Deus a abençoa.

Muitas pessoas registram suas experiências com Deus ou testemunham delas a fim de manterem na memória os atos poderosos que Ele realizou em favor delas.

Quando verbalizamos nossa gratidão, isso aprofunda a memória da bondade de Deus em nossa própria mente. Os métodos podem variar, mas a chave para desenvolver uma amizade vibrante com Deus é sempre recordar aquilo que Ele fez por nós.

Amigo de Deus

"O chamado do céu veio primeiro a Abraão enquanto ele morava em 'Ur dos caldeus', e em obediência a ele, ele se mudou para Harã. Até então, a família de seu pai o acompanhava, pois, junto com sua idolatria, uniam a adoração ao verdadeiro Deus. Aqui Abraão permaneceu até a morte de Terá. Mas do túmulo de seu pai, a Voz divina o mandou seguir em frente. Seu irmão Naor e sua família se apegaram à sua casa e aos seus ídolos. Além de Sara, a esposa de Abraão, apenas Ló, o filho de Harã, há muito falecido, escolheu compartilhar a vida peregrina do patriarca.

No entanto, era uma grande companhia que partia da Mesopotâmia. Abraão já possuía extensos rebanhos e manadas, as riquezas do Oriente, e estava cercado por um grande número de servos e seguidores. Ele estava partindo da terra de seus pais, para nunca mais voltar, e levou consigo tudo o que tinha, 'seus bens que haviam acumulado e as pessoas que haviam adquirido em Harã'. Entre eles, muitos eram guiados por considerações mais elevadas do que serviço e interesse próprio. Durante sua estadia em Harã, tanto Abraão quanto Sara levaram outros à adoração e serviço do verdadeiro Deus....

"O lugar onde eles primeiro pararam foi Siquém. À sombra dos carvalhos de Moré, em um vale amplo e gramado, com seus olivais e fontes borbulhantes, entre o Monte Ebal de um lado e o Monte Gerizim do outro, Abraão fez seu acampamento. Era um país justo e bom que o patriarca havia entrado uma terra de riachos de água, de fontes e profundezas que brotam de vales e colinas; uma terra de trigo, cevada, videiras, figueiras e romãzeiras; uma terra de azeite de oliveira e mel.' Deuteronômio 8:7, 8. Mas para o adorador de Jeová, uma sombra pesada repousava sobre a colina arborizada e a planície frutífera. 'O cananeu estava então na terra (Gêneses 12:6).'

"Abraão havia alcançado o objetivo de suas esperanças para encontrar um país ocupado por uma raça estrangeira e repleto de idolatria. Nos bosques estavam erguidos os altares de falsos deuses, e sacrifícios humanos eram oferecidos nas alturas vizinhas. Enquanto ele se agarrava à promessa divina, não foi sem pressentimentos angustiantes que ele armou sua tenda.

Então 'o Senhor apareceu a Abrão e disse: À tua descendência darei esta terra (Gêneses 12:7).' Sua fé foi fortalecida por essa garantia de que a presença divina estava com ele, de que ele não estava à mercê dos ímpios. 'E ali construiu ele um altar ao Senhor, que lhe aparecera (Gêneses 12:7).' Ainda um viajante, ele logo se mudou para um lugar perto de Betel e novamente ergueu um altar e invocou o nome do Senhor.

“Abraão, o amigo de Deus, nos dá um digno exemplo. Sua vida foi uma vida de oração. Onde quer que ele armasse a tenda, junto construía o altar, convocando todos os que faziam parte de seu acampamento para o sacrifício da manhã e da tarde” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 97, 98).