Lição 6 1 trimestre 2024 PDF grátis
Eu Me Levantarei
VERSO PARA MEMORIZAR:Em todas as épocas, incluindo a nossa, o mal, a injustiça e a opressão têm assolado a Terra. Os salmistas viveram em uma época semelhante, e assim, além de tudo, os Salmos são também protestos de Deus contra a violência e a opressão no mundo, no nosso mundo e no dos salmistas também.
“Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, Eu Me levantarei agora, diz o Senhor, e porei a salvo aquele que anseia por isso” (Salmo 12:5).
Leituras da semana:
Salmos 18:3-18; 41:1-3; Deuteronómio 15:7-11; Salmos 82; 96:6-10; 99:1-4; Romano 8:34
Sim, o Senhor é paciente e contém Sua ira em Sua grande paciência, não desejando que ninguém pereça, mas que todos se arrependam e mudem seus caminhos (2 Pedro 3:9–15). E embora o tempo apropriado de Deus para Sua intervenção nem sempre coincida com as expectativas humanas, o dia do juízo de Deus está chegando (Salmo 96:13, Salmo 98:9). Precisamos apenas confiar Nele e em Suas promessas até que esse dia chegue.
Somente o Criador, cujo trono é fundamentado na justiça e na retidão (Salmo 89:14, Salmo 97:2), pode proporcionar, com Seu julgamento soberano, estabilidade e prosperidade ao mundo. O aspecto duplo do juízo divino inclui a libertação dos oprimidos e a destruição dos ímpios (Salmo 7:6–17).
Isso é o que nos foi prometido, e isso, de fato, acontecerá um dia, mas no tempo de Deus, não no nosso, um ponto que o salmista enfatiza.
* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 10 de Fevereiro.
Convidado para a Igreja: Parte 2
Sekule, um jovem de dezessete anos, queria descobrir a verdade enquanto era estudante do ensino médio em Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina. Então, ele começou a visitar várias casas de adoração. No entanto, não encontrou respostas satisfatórias para suas perguntas sobre por que um Deus de amor queimaria alguém no inferno pela eternidade. Então, Sekule resolveu descobrir a verdade por conta própria lendo o Novo Testamento.
Ao retornar à sua vila natal em Montenegro naquele verão, ele leu um livro da Bíblia por dia. No primeiro dia, ele leu os 28 capítulos de Mateus. No dia seguinte, leu Marcos. Depois leu Lucas, João, Atos e Romanos. Ele leu apenas um livro por dia, mesmo quando chegou a epístolas menores, como Tito e Filemom.
Algumas respostas às suas perguntas sobre Deus surgiram em sua leitura do Novo Testamento. Mas ele ansiava por mais informações. Ele visitou várias outras casas de adoração, mas não visitou uma igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele tinha ouvido dizer que os Adventistas celebravam "Sábados Doces" todas as semanas, um momento em que se envolviam em relações sexuais uns com os outros. Ele pensou: "Eles são loucos. Eles não podem ter a verdade."
Sem encontrar respostas nas muitas casas de adoração que visitou, ele decidiu que Deus provavelmente não existia. Parou de ler a Bíblia.
Então, uma professora do ensino médio viu a Bíblia de Sekule. Ela era Adventista e viu a Bíblia enquanto membros do corpo docente realizavam buscas aleatórias nos quartos do dormitório para ver se os meninos estavam escondendo álcool ou drogas.
"Você tem uma Bíblia!" ela disse.
"Sim", respondeu Sekule.
"O que você aprendeu?"
" Muitas coisas."
Ela o questionou sobre Daniel, e Sekule, que tinha boa memória, forneceu respostas claras.
"Você realmente entende!" ela exclamou. "Você é a primeira pessoa que conheci que entende. Você deve ir à igreja Adventista do Sétimo Dia."
Sekule não ousou recusar. Ela era sua professora. Ele temia que ela baixasse sua nota se ele não fosse.
"OK, eu vou", disse ele.
Mas ele mentiu. Não tinha planos de ir à igreja.
O Guerreiro majestoso
Leia os Salmos 18:3-18; 76:3-9, 12; 144:5-7. Como o Senhor é retratado nesses textos? O que essas imagens transmitem sobre a prontidão de Deus para libertar Seu povo?
Esses hinos louvam o Senhor por Seu poder impressionante sobre as forças malignas que ameaçam Seu povo. Eles retratam Deus em Sua majestade como Guerreiro e Juiz. A imagem de Deus como Guerreiro é frequente nos Salmos e destaca a severidade e urgência da resposta de Deus aos clamores e sofrimentos de Seu povo.
"quando dos céus trovejou o Senhor, e ressoou a voz do Altíssimo.
Atirou suas flechas e dispersou os inimigos, com seus raios os derrotou.
O fundo do mar apareceu, e os fundamentos da terra foram expostos pela tua repreensão, ó Senhor, com o forte sopro das tuas narinas. " (Salmo 18:13–15).
A determinação total e a magnitude da ação de Deus deve dissipar qualquer dúvida sobre o grande cuidado e compaixão de Deus pelos que sofrem ou sobre Sua capacidade de derrotar o mal. Precisamos apenas aguardar que Ele faça isso.
No final, mesmo quando o povo de Deus, como Davi, estava envolvido em guerra, a libertação não vinha de meios humanos. Em suas muitas batalhas contra os inimigos do povo de Deus, o Rei Davi louvava a Deus como o único que alcançava todas as vitórias. Seria fácil para Davi assumir o crédito pelo que aconteceu, por seus muitos sucessos e triunfos, mas esse não era o seu estado de espírito. Ele sabia de onde vinha a Fonte de seu poder.
Embora Davi afirme que o Senhor treina suas mãos para a guerra (Salmo 18:34), em nenhum lugar nos Salmos ele confia em suas habilidades de batalha. Em vez disso, o Senhor luta por Davi e o livra (Salmo 18:47, 48).
Nos Salmos, o Rei Davi, conhecido como um guerreiro bem-sucedido, assume seu papel como músico habilidoso e louva o Senhor como o único Libertador e Sustentador de Seu povo (Salmo 144:10–15). Louvor e oração ao Senhor são as fontes de força de Davi, mais poderosas do que qualquer arma de guerra. Somente em Deus se pode confiar e adorar.
Sejam quais forem os dons, habilidades e êxito que você tem tido, por que deve sempre se lembrar da fonte de todos eles? Que perigo há em se esquecer dessa fonte?
Justiça para os oprimidos
Leia os Salmos 9:18; 12:5; 40:17; 41:1-3; 113:7; 146:6-10. Qual é a mensagem para nós, mesmo no presente?
Deus demonstra cuidado especial e preocupação com a justiça em relação aos vários grupos vulneráveis de pessoas, incluindo os pobres, necessitados, oprimidos, órfãos, viúvas, viúvos e estrangeiros. Os Salmos, assim como a Lei e os profetas, são claros nesse ponto (Êxodo 22:21–27, Isaías 3:13–15).
Muitos salmos usam a expressão "pobres e necessitados" e evitam representar os oprimidos exclusivamente em termos nacionais e religiosos. Isso é feito para destacar o cuidado universal de Deus por toda a humanidade.
A expressão "pobres e necessitados" não se limita à pobreza material, mas também significa vulnerabilidade e desamparo. A expressão apela para a compaixão de Deus e transmite a ideia de que o sofredor está sozinho e não tem outra ajuda além de Deus. A descrição "pobres e necessitados" também se refere à sinceridade, veracidade e amor por Deus ao confessar a total dependência de Deus e renunciar a qualquer traço de autoconfiança e autoafirmação.
Ao mesmo tempo, cuidar dos pobres (Salmo 41:1–3) demonstra a fidelidade do povo a Deus. O mal feito contra os vulneráveis era particularmente hediondo no contexto bíblico (Deuteronômio 15:7–11). Os Salmos inspiram pessoas fiéis a levantar suas vozes contra toda opressão.
Os Salmos também destacam a futilidade de fundamentar a confiança em meios humanos perecíveis como a fonte última de sabedoria e segurança. O povo de Deus deve resistir à tentação de depositar uma fé última na salvação em líderes e instituições humanas, especialmente quando se afastam dos caminhos de Deus.
Em Sua graça, nosso Senhor se identificou com os pobres ao se tornar pobre para que, por meio de Sua pobreza, muitos pudessem se tornar ricos (2 Coríntios 8:9). As riquezas de Cristo incluem libertação de toda opressão causada pelo pecado, e Ele nos promete vida eterna no reino de Deus (Apocalipse 21:4).
Jesus Cristo cumpre as promessas dos Salmos como o Juiz divino, que julgará todo maltrato aos pobres, assim como a negligência de dever para com eles (Mateus 25:31–46).
Quanto pensamos nos “pobres e necessitados” entre nós, e quanto fazemos por eles?
Até quando julgarão injustamente?
O Senhor dotou os líderes de Israel com autoridade para manter a justiça em Israel (Salmo 72:1–7, 12–14). Os reis de Israel deveriam exercer sua autoridade de acordo com a vontade de Deus. A preocupação central dos líderes deveria ser garantir a paz e a justiça na terra e cuidar dos socialmente desfavorecidos. Somente assim a terra e todo o povo prosperarão. O trono do rei é fortalecido pela fidelidade a Deus, não pelo poder humano.
Leia o Salmo 82. O que acontece quando os lideres pervertem a justiça e oprimem aqueles aos quais são encarregados de proteger?
No Salmo 82, Deus declara Seus juízos sobre os juízes corruptos de Israel. Os "deuses" (Salmo 82:1, 6) claramente não são deuses pagãos nem anjos, pois nunca foram encarregados de administrar justiça ao povo de Deus e, portanto, não poderiam ser julgados por não cumpri-la. As acusações listadas em Salmo 82:2–4 ecoam as leis da Torá, identificando os "deuses" como os líderes de Israel (Deuteronómio. 1:16–18, D Deuteronómio. 16:18–20, João 10:33–35).
Deus questiona os "filhos dos homens" se eles julgam com justiça, e o castigo deles é anunciado porque foram considerados ímpios. Os líderes cambaleiam na escuridão sem conhecimento (Salmo 82:5) porque abandonaram a lei de Deus, a luz (Salmo 119:105). A Escritura sustenta inabalavelmente a visão de que o Senhor é o único Deus. Deus compartilha Seu governo do mundo com líderes humanos designados como Seus representantes (Rom. 13:1). No entanto, com que frequência esses representantes humanos, tanto na história quanto até mesmo agora, perverteram a responsabilidade que lhes foi dada?
O Salmo 82 expõe ironicamente a apostasia de alguns líderes que se consideravam "deuses" acima das outras pessoas. Embora Deus tenha dado a autoridade e o privilégio aos líderes israelitas para serem chamados de "filhos do Altíssimo" e representá-Lo, Deus renega os líderes ímpios. Deus lembra a eles que são mortais e estão sujeitos às mesmas leis morais que todas as pessoas. Ninguém está acima da lei de Deus (Salmo 82:6–8).
Deus julgará o mundo inteiro; o povo de Deus também dará conta a Ele. Tanto os líderes quanto o povo devem seguir o exemplo do Juiz divino e depositar sua esperança final Nele.
Você tem autoridade sobre os outros? Está exercendo essa autoridade com justiça?
Derrame Sua indignação
Leia os Salmos 58:6-8; 69:22-28; 83:9-17; 94:1, 2; 137:7-9. Que sentimentos esses textos transmitem? Quem é o agente de juízo nesses salmos?
Alguns Salmos pedem a Deus que se vingue de indivíduos e nações que pretendem prejudicar, ou que já prejudicaram, os salmistas ou seu povo. Esses Salmos podem parecer desconcertantes devido à linguagem severa e à aparente discordância com o princípio bíblico do amor pelos inimigos (Mateus 5:44).
No entanto, a indignação do salmista diante da opressão é justa. Isso significa que os salmistas levavam o certo e o errado mais a sério do que muitas pessoas. Eles se importam, e muito, com o mal que é feito no mundo, não apenas a si mesmos, mas também aos outros.
No entanto, em nenhum momento o salmista sugere ser o agente da vingança. Em vez disso, ele deixa a retribuição exclusivamente nas mãos de Deus. Os Salmos evocam as maldições divinas da aliança (Deuteronômio 27:9–16) e imploram a Deus que aja como Ele prometeu.
Os Salmos são proclamações proféticas sobre o julgamento iminente de Deus; não são apenas as orações do salmista. O Salmo 137 reflete as declarações de julgamento divino sobre a Babilônia, conforme visto nos profetas. A devastação que os babilônios trouxeram a outras nações voltaria contra eles. Os Salmos transmitem advertências divinas de que o mal não ficará impune para sempre.
A retribuição de Deus é medida com justiça e graça. Os filhos de Deus são chamados a orar por aqueles que os maltratam e até a esperar por sua conversão (Salmo 83:18, Jeremias 29:7).
No entanto, ao tentar conciliar esses Salmos com as normas bíblicas de amor pelos inimigos, devemos ter cuidado para não minimizar a experiência agonizante expressa neles. Deus reconhece o sofrimento de Seus filhos e os tranquiliza, dizendo que "preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Salmo 116:15). O julgamento divino obriga o povo de Deus a levantar suas vozes contra todo mal e buscar a vinda do reino de Deus em sua plenitude. Os Salmos também dão voz àqueles que sofrem, informando-os de que Deus está ciente de seu sofrimento e que um dia a justiça prevalecerá.
Você já teve pensamentos de vingança contra os que fizeram mal a você ou a seus queridos? Esses salmos ajudam a colocar esses sentimentos na perspectiva adequada?
O juízo do Senhor e o santuário
Leia os Salmos 96:6-10; 99:1-4; 132:7-9, 13-18. Onde acontece o juízo divino e quais são as implicações disso para nós? Como o santuário nos ajuda a entender como Deus lidará com o mal?
O julgamento do Senhor está intimamente relacionado ao santuário. O santuário foi o ambiente onde a compreensão do salmista sobre o problema do mal foi transformada (Salmo 73:17–20). O santuário foi designado como o lugar do julgamento divino, como indicado pelo julgamento de Urim (Números 27:21) e pelo peitoral do juízo do sumo sacerdote (Êxodo 28:15, 28–30). Consequentemente, muitos salmos retratam Deus em Seu trono no santuário, pronto para julgar o mundo por seu pecado e mal.
No santuário, o plano de salvação foi revelado. No paganismo, o pecado era compreendido principalmente como uma mancha física a ser eliminada por ritos mágicos. Em contraste, a Bíblia apresenta o pecado como uma violação da lei moral de Deus. A santidade de Deus significa que Ele ama a justiça e a retidão. Da mesma forma, o povo de Deus deve buscar justiça e retidão e adorar a Deus em Sua santidade. Para fazer isso, eles devem obedecer à lei de Deus, que é uma expressão de Sua santidade.
Assim, o santuário é o lugar do perdão do pecado e da restauração da retidão, como indicado pelo propiciatório do trono de Deus e pelos "sacrifícios de retidão" (Deuteronômio 33:19, Salmo 4:5).
No entanto, o "Deus-Que-Perdoa" se vinga das ações ímpias de pessoas não arrependidas (Salmo 99:8). As implicações práticas de o santuário ser o lugar do julgamento divino são vistas na constante consciência da santidade de Deus e nas exigências de uma vida justa de acordo com os requisitos da aliança de Deus.
O julgamento do Senhor de Sião resulta no bem-estar dos justos e na derrota dos ímpios (Salmo 132:13–18). O santuário alimentava as expectativas jubilosas da vinda do Senhor como Juiz, especialmente durante o Dia da Expiação. Da mesma forma, os Salmos fortalecem a certeza da chegada iminente do Juiz divino (Salmo 96:13, Salmo 98:9), ou seja, Jesus Cristo no santuário celestial (Apocalipse 11:15–19).
O que Cristo está fazendo no santuário celestial é boa noticia para nós? (Romanos 8:34)
Estudo Adicional:
Leia Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo”, p. 10–15, 24–28, (As bem-aventuradas).
Os Salmos são protestos contra a indiferença humana à injustiça; são uma recusa em aceitar o mal. São motivados não pelo desejo de vingança, mas pelo zelo em glorificar o nome de Deus.
Portanto, é apropriado para os justos se alegrarem ao verem a vingança de Deus sobre o mal, pois dessa forma o nome de Deus e Sua justiça são restaurados no mundo (Salmo 58:10, 11). Os Salmos obrigam as pessoas a levantarem suas vozes contra o mal e a buscarem a vinda do reino de Deus em sua plenitude. Nos Salmos, temos a garantia de conforto divino e libertação.
O Senhor se levantará!
"‘Quando os homens vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa, regozijai-vos e exultai (Mt:11,12), porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.’ E Ele apontou Seus ouvintes para os profetas que falaram em nome do Senhor, como ‘um exemplo de sofrimento e paciência’. Tiago 5:10.
Abel, o primeiro cristão dos filhos de Adão, morreu como mártir. Enoque andou com Deus, e o mundo não o conheceu. Noé foi zombado como fanático e alarmista. 'Outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.' 'Outros foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada.' Hebreus 11:36, 3."—Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 27.
Questões para discussão:
A existência do mal leva alguns a perguntar se o Senhor realmente reina. Como cultivar a fé que resiste sob a tentação? Em que devemos nos concentrar para manter a fé no amor e no poder de Deus? O que a cruz nos diz sobre o caráter de Deus?
Por que é importante não confiar nos meios humanos (líderes, instituições e movimentos sociais) como a sabedoria e a solução definitivas para a justiça no mundo, mas confiar unicamente na palavra e no juízo divinos?
Quais são as implicações práticas da verdade de que o santuário é o lugar do juízo?
Como entender a linguagem dura de alguns salmos? Essa linguagem nos ajuda a nos relacionarmos com a humanidade daqueles que os escreveram?