O Salmo 1 compara a pessoa justa a uma árvore frutífera plantada à beira de um rio: “Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Salmos 1:2, 3). Dar frutos está ligado a prosperar na vida, e isso está conectado ao prazer nos mandamentos de Deus.
Quando vemos os Dez Mandamentos como dez promessas do que Deus quer fazer em nossas vidas, experimentamos uma vida abundante, cheia de propósito e verdadeira felicidade. Jesus resumiu os Dez Mandamentos em dois: amar a Deus e amar o próximo (Mateus 22:37–40). Nossas interações com os outros revelarão um verdadeiro amor por Deus. Recebemos amor Dele e compartilhamos esse amor com aqueles que encontramos. Uma vida frutífera requer tanto receber quanto dar.
Em outra ocasião, Jesus se aproximou de uma figueira procurando figos. As figueiras naturalmente produzem frutos antes de as folhas se abrirem, então essa árvore cheia de folhas prometia ter frutos bem desenvolvidos. No entanto, sua aparência era enganosa. Ao procurar entre seus ramos, Jesus encontrou “nada, senão folhas” (Marcos 11:13). Era uma massa de folhagem pretensiosa, nada mais. Jesus pronunciou julgamento sobre a árvore, dizendo: “Nunca mais ninguém coma fruto de ti” (Marcos 11:14). No dia seguinte, a figueira havia secado. Uma lição espiritual emerge desta história. Podemos parecer bons por fora, mas apenas um exame atento de nossas vidas revelará se estamos dando frutos.
Muitos cristãos parecem religiosos, mas nem todos os que professam o nome de Jesus realmente O revelam em suas vidas. Assim como uma árvore tem raízes que a nutrem e sustentam, permitindo que dê frutos, devemos permanecer em Cristo. Jesus disse: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:4, 5).
É significativo que a parábola termine sem um desfecho claro. “Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a este ano ainda, até que eu a escave e a esterque. Se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar” (Lucas 13:8, 9). A parábola termina aqui, e nunca sabemos o que aconteceu depois que o ano terminou. Sabemos que o antigo Israel, como nação, não foi o exemplo que Deus pretendia que fosse. E quanto ao Israel espiritual de hoje? Todos nós somos árvores plantadas junto ao rio. Deus faz tudo o que pode para se conectar conosco para que possamos dar frutos. Em última análise, devemos permitir que Ele faça essa obra dentro de nós. Cada um de nós individualmente terminará esta parábola.