De comerciante de pins a Campista

Por Andrew Mcchesney

Toda a família de Jacob Pierce adorava trocar broches e eles se espalharam para encontrar novos broches no International Pathfinder Campori, nos Estados Unidos.

Então a mãe viu um homem com um broche do Alasca. Sabendo que Jacob amava Natureza do Alasca, ela tentou convencer o homem a fazer uma troca.

“Não posso negociar”, ele disse. “É um broche único para pastores no Alasca.”

O interesse da mãe só aumentou. “O que você faz no Alasca?”, ela perguntou. O homem se apresentou como Tobin Dodge, diretor do Alaska Camps, uma iniciativa missionária da Conferência do Alasca da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que patrocina acampamentos para crianças de 8 a 17 anos todo verão.

“Meu filho poderia trabalhar lá?”, perguntou a mãe. “Sim, aceitamos conselheiros em treinamento aos 16 anos e conselheiros aos 18”, disse ele. Jacob pulou na ideia de passar o verão no Alasca.

Ele se juntou à equipe do acampamento e foi três anos seguidos. A experiência no acampamento pode ser desafiadora, ele disse. Um ano, ele gostou de passar um tempo com um garoto nativo do Alasca no Camp Polaris, localizado no Lago Aleknagik, no sudoeste do Alasca.

Eles compartilhavam um interesse pela natureza e escalaram a Montanha Jackknife, que se eleva acima do acampamento. Mas o garoto se recusou a se comportar. Ele também usou linguagem vulgar e parecia mais interessado em promover superstições do que ouvir a verdade da Bíblia.

Ele culpou um garoto que havia matado uma aranha por um dia chuvoso, dizendo: "Se você matar uma aranha, chove". Jacob ficou frustrado. Mas no final do acampamento, o garoto deu um abraço em Jacob e foi até seu pai. Enquanto observava os dois, Jacob de repente começou a entender o comportamento do garoto.

O garoto estava praticamente se criando. “A maioria das crianças não tem nenhuma formação cristã”, disse Jacob, 20, em uma entrevista no Camp Polaris. “É isso que o torna realmente uma revelação e, para mim, um campo missionário incrível.”

Ele disse que as batalhas espirituais no Camp Polaris são diferentes daquelas de outros acampamentos de verão patrocinados pela Conferência do Alasca porque o acampamento é composto quase inteiramente por crianças nativas do Alasca, que frequentemente enfrentam problemas com traumas, superstições e abuso de substâncias.

“Mas estar aqui vale a pena”, ele disse.

“É um chamado mais forte do que qualquer outro que eu já vi. Deus realmente precisa de voluntários aqui. Este é um campo missionário.”

Fornecido pelo Escritório da Conferência Geral da Missão Adventista, que usa as ofertas missionárias da Escola Sabatina para espalhar o evangelho em todo o mundo. Leia novas histórias diariamente em www.licao.org/historias.

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Voltando ao Crisol

A última seção de João 10 mostra Jesus saindo de Jerusalém e indo para uma área isolada além do Jordão, onde Seu ministério continuava a se desenvolver e prosperar (João 10:40–42). Surgiu uma necessidade que obrigou Jesus a voltar para Jerusalém. O laço especial que Jesus tinha com uma certa família é evidente na maneira como Ele foi informado da doença de Lázaro: “aquele a quem amas está doente” (João 10:3, veja também v. 5).

O que se segue é o relato de Jesus ressuscitando Lázaro dos mortos e os resultados profundos de tal milagre. Enquanto os Evangelhos Sinópticos contêm relatos de outras pessoas sendo trazidas de volta à vida, a maioria não contém os detalhes e diálogos encontrados aqui em João. Desde o início, João enfatizou a importância teológica das ações de Jesus. A morte de Lázaro não foi por acaso; seu propósito era revelar a glória de Deus e de Seu Filho (João 11:4). Mais uma vez, a revelação da divindade de Jesus dividiu as pessoas; o público se dividiu em suas reações (versículos 45, 46, 53).

Essa história também usa o estilo típico de escrita de João, onde palavras e imagens funcionam em mais de um nível. Jesus ressuscitando Lázaro da sepultura não só revela o poder de Deus sobre a morte, mas também serve como uma metáfora para a vida que Jesus oferece. A nova vida que Ele oferece não é uma que nos tira deste mundo, mas sim uma que funciona dentro dele. Tristezas e perdas ainda acontecem com todos nós, mas a vida que Cristo oferece nos garante que Ele de fato venceu a morte. O túmulo não tem a palavra final.

João 11 naturalmente se divide em três seções. A primeira apresenta o cenário, onde o leitor descobre a doença, a hesitação de Jesus e, finalmente, a decisão de ir a Betânia (João 11:11–16). A próxima parte foca na ressurreição de Lázaro e em seu significado teológico, conforme descrito nas conversas antes e depois do evento (versículos 17–44). A seção final descreve a reação dos judeus ao milagre (versículos 45–57). Eles persistiram em resistir à luz e caminharam em uma escuridão ainda maior, culminando na decisão oficial de matar Jesus. Após a ressurreição de Lázaro, os líderes religiosos continuavam planejando como poderiam destruir Jesus.

Indo a Betãnia

Leitores que lêem João 11 pela primeira vez teriam algumas perguntas. Entre elas: Quem era Lázaro? Quem eram Maria e Marta? Quais eram seus papéis na vida de Jesus? João enfatizou um ponto: Jesus amava cada um deles (João 11:3, 5). Maria, Marta e Lázaro eram irmãos (versículos 1, 2, 19, 21).

Um leitor informado provavelmente espera um final positivo para a história, e é desconcertante pensar no atraso intencional de Jesus (João 11:4–8). Muitas vezes, queremos que Deus aja imediatamente, mas Seus propósitos podem não seguir o nosso tempo. Forças externas não fazem Jesus agir; Ele está determinado a fazer a vontade de Deus. Seu relacionamento com Deus, e não as expectativas humanas, governa Suas ações.

Sabemos que Lázaro já estava sepultado havia quatro dias quando Jesus chegou (v. 39). A aldeia estava a cerca de um dia de viagem de onde Jesus estava, e sabemos que Ele atrasou dois dias e depois levou mais um dia para viajar até Betânia, então Lázaro provavelmente já havia morrido quando Jesus recebeu a mensagem. Mesmo assim, o atraso deve ter sido profundamente inquietante para os discípulos, que provavelmente esperavam que Jesus fosse imediatamente.

Quando Jesus anunciou o retorno à Judeia, os discípulos expressaram preocupação tanto por Jesus quanto por eles mesmos (João 11:8). Eles só enxergavam o perigo que os esperava. Jesus não podia ser convencido a abandonar o caminho que estava diante Dele. Apesar do perigo, Ele seguiu em frente. Em várias discussões com os discípulos, Jesus os lembrou que era necessário caminhar na luz (João 1:4, 5; 3:19–21; 8:12; 9:5; 11:9, 10). Ele tranquilizou os discípulos, dizendo que ao caminharem de dia, eles não tropeçariam. Jesus não estava dizendo que a vida seria livre de desafios, mas que os discípulos seriam capacitados a completar sua jornada (João 17:15).

Mais uma vez, os discípulos não entenderam a linguagem metafórica de Jesus (João 3:4; 4:11, 33; 6:52; 11:12, 13). Jesus disse que iria despertar Lázaro do sono. Os discípulos pensaram que Ele estava dizendo que Lázaro estava descansando da doença e provavelmente se perguntaram por que Jesus iria acordá-lo, pois até hoje sabemos que o sono tem algum poder de restauração. No entanto, as Escrituras comumente usam o termo “sono” para representar a morte (por exemplo, Salmo 13:3; Daniel 12:2), e os discípulos poderiam ter entendido assim. Então Jesus declarou abertamente o que Ele quis dizer (João 11:14, 15). Ao fazer isso, Ele apontou para o final da história para a ressurreição de Lázaro.

Lázaro é Ressuscitado

Jesus chegou a Betânia com a notícia de que Lázaro já estava morto há quatro dias (João 11:39). De acordo com uma crença judaica não bíblica, comum na época, a alma permanecia próxima ao corpo por três dias, desejando reentrar nele. A ideia de trazer alguém de volta à vida após quatro dias era inimaginável. Quatro dias no túmulo significavam que tudo havia acabado. Quando Jesus ressuscitou Lázaro, foi um sinal irrefutável de Seu poder. Com a proximidade de Betânia a Jerusalém e o fato de que Lázaro era uma pessoa cujo falecimento atraiu uma grande multidão, esse milagre se tornaria amplamente conhecido. Esses enlutados se tornaram testemunhas de um milagre que é verdadeiramente inexplicável por qualquer meio humano.

Marta veio ao encontro de Jesus antes que Ele entrasse na cidade e o cumprimentou com uma leve repreensão, mas também com uma declaração de fé (João 11:20–22, 30). Essa é uma reação comum quando enfrentamos situações que não entendemos. Às vezes, repreendemos Deus, mas permanecemos firmes na fé (veja Marcos 9:24). Sua primeira frase é compreensível. Ela sabia que Jesus poderia ter evitado essa perda, mas, apesar de sua decepção, ela manteve sua fé em Cristo.

Jesus assegurou à irmã enlutada que seu irmão ressuscitaria (João 11:23). Marta colocou sua esperança na ressurreição no final dos tempos (Daniel 12:2, 3), e Jesus respondeu com uma das declarações mais poderosas do Evangelho: “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25, 26).

Marta é frequentemente lembrada como a mulher tão ocupada com a hospitalidade que não parou para ouvir as palavras de Jesus (Lucas 10:41, 42), mas sua confissão de fé (João 11:27) se destaca como uma das declarações mais fortes de crença em Jesus como o Messias registrada em qualquer parte dos Evangelhos. Isso reflete o propósito de João ao escrever seu relato. A estrutura da frase grega coloca o “eu” em uma posição enfática. Não importava o que os outros pensassem, ela acreditava Nele. Sua fé não era apenas uma resposta emocional; tinha um conteúdo doutrinário sólido. Ela sabia que Jesus é o tão esperado Messias, o Filho de Deus, Aquele que veio do alto (João 1:1, 14).

Jesus ficou comovido e chorou ao ir até o túmulo com Maria e os enlutados (João 11:32-35). A resposta de Jesus foi sincera e genuína. João nos diz duas vezes que Jesus estava "profundamente comovido" (João 11:33, 38). Porém a expressão ‘’profundamente comovido’’ também inclui descontentamento e indignação. Jesus estava reagindo ao grande intruso e inimigo, a morte.

Momento de Reflexão

► Que emoções você acha que os discípulos estavam sentindo durante essa viagem a Betânia? (João 11:8, 16.)

► Qual é o significado de Jesus declarar que Ele é tanto a Ressurreição quanto a Vida?

► Reserve um momento para entrar em um estado de espírito de oração. Medite em João 11:33–44. Se você estivesse na multidão, quais seriam algumas de suas reações? Compartilhe suas percepções.

► De acordo com os judeus, por que Jesus chorou? Por que você acha que Jesus chorou? O que isso nos diz sobre Ele?

► Se Jesus tinha o poder de ressuscitar os mortos, por que você acha que Ele confiou em outros para mover a pedra? (João 11:38, 39.)

► O que pode levar uma pessoa a testemunhar a ressurreição de uma pessoa morta e ainda decidir contra Jesus?

► Por que você acredita em Jesus?

Que comparações você pode fazer entre o relato em João 11:47–53 e a experiência de Pedro em Atos 5:29–39?

► João 11:47, 48. De que maneiras seu orgulho o impede de tomar posição por Jesus?

Reações Opostas

Esse milagre impressionante, que revela Jesus como o Doador da Vida, gerou reações polarizadoras. Muitos dos judeus que vieram com Maria reagiram com fé. Provavelmente eram outros enlutados. Dada a reação deles, talvez fossem próximos da família e se alegraram com eles ao verem Lázaro de volta à vida. Enquanto alguns se alegraram e foram fortalecidos na fé pelo sinal, outros foram contar aos fariseus (João 11:46). Considerando as tentativas cada vez mais frequentes de prender ou matar Jesus desde a cura no tanque de Betesda, provavelmente pensaram que os líderes estariam muito interessados nas últimas ações de Jesus.

O relato desencadeou uma reunião do conselho, focada em decidir o que fazer com Jesus (João 11:47). Em vez de aumentar a fé, as ações de Jesus causaram preocupação nesse grupo. Aqueles que se opõem a Cristo muitas vezes não são persuadidos por mais sinais. Eles não precisam de mais evidências. Já tomaram suas decisões; o que precisam é de um novo coração, não de mais informações (João 3:3; Ezequiel 36:26).

A confusão prevaleceu ao longo da discussão no conselho. Em primeiro lugar, os líderes e o povo tinham reações completamente diferentes em relação a Jesus. Aqueles em posições de poder e influência ficaram alarmados com a possibilidade de mais pessoas continuarem acreditando Nele (João 11:48). Com isso, eles subestimaram como Jesus reagiria a uma onda pública de apoio (João 6:15). Em segundo lugar, observe atentamente como eles expressaram suas preocupações. Eles estavam com medo de que "nosso lugar e nossa nação" fossem destruídos (João 11:48).

Os governantes queriam manter o sistema religioso que controlavam e o poder que isso lhes dava. A preocupação anterior deles com o templo (João 2:20) era apenas uma fachada para sua verdadeira preocupação com sua posição na sociedade. Em terceiro lugar, Caifás, o sumo sacerdote na época, fez a surpreendente observação de que seria melhor que um homem morresse do que a nação inteira fosse destruída (João 11:49, 50).

João comentou diretamente sobre isso, observando que, ironicamente, o próprio Caifás não percebia o verdadeiro significado de suas palavras (versículo 51). Olhando para trás, a partir de uma perspectiva pós-ressurreição, João afirmou abertamente que a morte de Jesus é o meio pelo qual Deus estava reunindo Sua família universal (versículo 52). O conselho então decidiu que Jesus precisava ser capturado não para ser julgado, mas para ser morto (versículos 53, 57).

Desapontamento e Tristeza

"Por dois dias Ele permaneceu no lugar onde estava. Esse atraso foi um mistério para os discípulos. Que conforto Sua presença traria para a família aflita! eles pensaram. Seu grande carinho pela família de Betânia era bem conhecido pelos discípulos, e eles ficaram surpresos que Ele não tenha respondido à triste mensagem: ‘Aquele a quem amas está doente’ " (Ellen G. White, ‘’O Desejado de Todas as Nações’’, p. 420).

" ‘Disse isso, e depois disse-lhes: Nosso amigo Lázaro dorme, mas vou despertá-lo do sono’ (João 11:11). ‘Nosso amigo Lázaro dorme.’ Que palavras comoventes! Que cheias de simpatia! Ao pensarem no perigo que seu Mestre estava prestes a enfrentar ao ir para Jerusalém, os discípulos quase se esqueceram da família enlutada em Betânia. Mas não Cristo. Os discípulos se sentiram repreendidos. Eles estavam desapontados porque Cristo não respondeu mais prontamente à mensagem. Eles foram tentados a pensar que Ele não tinha o amor tão terno por Lázaro e suas irmãs como imaginavam, ou Ele teria retornado com o mensageiro. Mas as palavras, ‘Nosso amigo Lázaro dorme’, despertaram os sentimentos certos em suas mentes. Eles ficaram convencidos de que Cristo não havia esquecido Seus amigos sofrendo”.

“Lázaro era muito amado, e suas irmãs choravam por ele com corações partidos, enquanto os que eram seus amigos misturavam suas lágrimas com as das irmãs enlutadas. Pela aflição humana e pelos amigos que choravam pelo morto, enquanto o Salvador do mundo estava presente, ‘Jesus chorou’ (João 11:35). Seu amável e compassivo coração está sempre pronto a se compadecer perante o sofrimento. Ele chora com os que choram e se alegra com os que se alegram....

"Em Suas lágrimas havia uma tristeza tão elevada acima da tristeza humana quanto os céus estão acima da terra. Cristo não chorou por Lázaro, pois Ele estava prestes a chamá-lo da sepultura. Ele chorou porque muitos daqueles que agora lamentavam por Lázaro logo planejariam a morte Daquele que era a ressurreição e a vida. Mas como os judeus incrédulos foram incapazes de interpretar corretamente Suas lágrimas!".

"Ao declarar que um homem deveria morrer pela nação, Caifás indicou que tinha algum conhecimento das profecias, embora muito limitado. Mas João, em seu relato dessa cena, aborda a profecia e mostra seu significado amplo e profundo... Nos lábios de Caifás, essa verdade preciosa foi transformada em uma mentira... Caifás propôs, pelo sacrifício de Jesus, salvar a nação culpada, não do pecado, mas no pecado, para que pudessem continuar pecando. E com seu raciocínio, ele pensou em silenciar as advertências daqueles que ousariam dizer que até aquele momento nada digno de morte havia sido encontrado em Jesus".