
Tentando do Seu jeito
VERSO PARA MEMORIZAR:Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:
Leituras da semana:
Êxodo 2
Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Êxodo 2
* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 12 de Julho.
UMA MENTE TRANSFORMADA
Por ANDREW MCCHESNEY
Mitch, um durão membro de gangue, entrou em uma briga com vários outros nativos americanos no estado de Washington, EUA. Ele sofreu uma lesão significativa na cabeça, e os médicos disseram que ele nunca mais trabalharia.
Então seu irmão mais novo, Stephan, o convidou para a Igreja Adventista do Sétimo Dia All Nations Center em Wapato, Washington. Stephan adorava todos os sábados na igreja com sua mãe e irmã.
Mitch não queria ir e foi relutantemente à igreja no Sábado. Mas então ele foi de novo e de novo. Ele mergulhou na Bíblia, impulsionado pela esperança de que ela pudesse curar sua mente. Ele se agarrou a Romanos 12:2, que diz: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Ele abraçou Filipenses 4:8: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é correto, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é admirável — se alguma virtude há e se algum louvor existe — pensem nessas coisas.”
O líder da igreja, Jeff Weijohn, o encorajou, dizendo: “A Palavra de Deus promete que ela mudará sua mente se você a estudar.”
Mitch começou a ver as promessas da Bíblia se cumprirem. Médicos que disseram que ele nunca mais trabalharia ficaram surpresos ao vê-lo conseguir um emprego e mantê-lo.
Depois de estudos bíblicos, Mitch entregou seu coração a Jesus e se uniu à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Então ele se tornou um obreiro bíblico e começou a ensinar a Bíblia a outros. Ele e sua esposa abriram sua casa para jovens que precisavam de um lugar para ficar. Todos eram bem-vindos se seguissem as regras da casa. Uma regra era que todos iam à igreja no Sábado.
A vida de seus hóspedes também começou a mudar.
Um jovem disse alegremente a Jeff no Sábado: “Sabe de uma coisa? Quando você nos falou sobre a Bíblia, nós não queríamos ouvir você de jeito nenhum. Mas agora queremos estudar a Bíblia.”
Jeff disse que a mudança na vida de Mitch foi revolucionária.
“Quando ele aceitou Deus em sua vida, as pessoas não o reconheciam mais”, disse ele. “Ele passou de uma pessoa muito dura e com danos cerebrais para uma pessoa capaz de ministrar. Muitos jovens foram tocados por ele. Deus trabalha através de nós apesar de nós mesmos.”
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A coisa certa a fazer
Há alguns anos, um homem chamado Hugo viu uma mulher sendo ameaçada por um homem armado com uma faca e decidiu intervir para ajudá-la. Durante o confronto, Hugo foi esfaqueado. Tanto o agressor quanto a mulher fugiram, e, por uma hora e 20 minutos, Hugo ficou sangrando na calçada enquanto mais de 25 pessoas passaram por ele sem fazer nada. Quando os paramédicos finalmente foram chamados, Hugo já estava morto.
Qual é a sua reação quando você vê injustiça no mundo? Se você for apenas um observador ou um transeunte, está disposto a se envolver nos problemas dos outros?
No caso de Hugo, câmeras de vigilância mostraram pessoas olhando para ele e tirando fotos. Um homem o virou, expondo seus ferimentos a sangrar, mas depois foi embora. Falar contra a injustiça no momento em que ela acontece ou se envolver diretamente para tentar impedi-la vai além do que a maioria está disposta a fazer.
O desafio é encontrar a maneira certa de responder — não seguir o caminho mais fácil, mas seguir a Deus. Encontramos Moisés em uma situação assim no estudo desta semana. Ele teve a oportunidade de intervir e tentar corrigir uma injustiça. No entanto, ao fazê-lo, ele implementou seus próprios planos.
Através dessa história, continuamos a ver Deus guiando os assuntos da humanidade, ao mesmo tempo em que lhes concede a liberdade de tomar suas próprias decisões. O livro de Gênesis termina com a história de José, um líder icônico. Deus trabalhou através das fraquezas de José para prepará-lo a salvar sua família, junto com os egípcios, de uma fome mortal. Êxodo apresenta o equivalente de José, Moisés — outro homem em uma posição de destaque. Ele também teve falhas a superar e passou por um período difícil de preparação antes que Deus pudesse usá-lo para libertar Israel do Egito.
Ironia Divina
O faraó fez o possível para erradicar toda uma geração de homens israelitas. A ordem final era lançar todo recém-nascido do sexo masculino no rio Nilo. Em Êxodo 2, encontramos um casal da tribo de Levi enfrentando essa realidade. Mais tarde, descobrimos que eles já tinham um filho mais velho, Arão, que nessa época tinha três anos (Êxodo 7:7), e pelo menos uma filha mais velha, Miriã, de idade indeterminada (Êxodo 15:20).
O faraó ordenou que os meninos fossem jogados no rio Nilo. Joquebede, a mãe de Moisés, no entanto, voltou-se para o rio como uma possível resposta à sua oração para que seu filho vivesse. Ela construiu um cesto flutuante no qual colocou o menino, que já tinha três meses e crescia rapidamente, e confiou seu bem mais precioso ao rio que deveria matá-lo.
Quando Joquebede se afastou, a irmã mais velha de Moisés ficou escondida entre os juncos para ver o que aconteceria. Miriã, descrita como uma "moça" (Êxodo 2:8), era irmã mais velha de dois irmãos mais novos. A palavra hebraica *almah*, traduzida como "moça", geralmente se refere a uma jovem em idade de ter filhos. Esse pode ser um detalhe importante. Embora ela talvez não fosse submetida ao trabalho escravo como seus pais, provavelmente já tinha idade suficiente para se meter em problemas com as autoridades por tentar violar as leis do faraó sobre os recém-nascidos.
Não sabemos por quanto tempo esse plano continuou, mas um dia seu segredo foi descoberto. A filha do faraó e suas servas encontraram o cesto escondido com o bebê Moisés dentro (Êxodo 2:5). Talvez porque a princesa teve compaixão do menino, Miriã decidiu que valia a pena correr o risco de falar, e sua rápida decisão reuniu mãe e filho novamente.
Deus estava claramente agindo na vida daquele bebê. Nos primeiros anos de Moisés, ele certamente ouviu a história de como as ações de sua mãe e irmã o salvaram de morrer afogado. Talvez essa história fosse um sinal de que Deus tinha planos especiais para sua vida. Moisés sabia que sua vida seria importante. Ele só precisava se certificar de que estaria pronto quando chegasse sua hora. Aos quarenta anos (Atos 7:22-23), ele achou que finalmente havia encontrado sua oportunidade quando viu um egípcio maltratando um escravo israelita. Moisés era aceito como egípcio, pois era neto adotivo do faraó, mas, no íntimo, ele era um israelita. Ele pensou que havia chegado a hora de defender seu povo.
Devo fazer isso?
Embora muitos não gostem de se envolver ao testemunharem uma injustiça, outros não conseguem ficar parados sem fazer nada. Na realidade, essa deveria ser a reação de todos, especialmente daqueles que creem em Deus. A importância da justiça é um tema dominante nos profetas hebreus (Isaías 61:8; Amós 5:24; Miqueias 6:8; Zacarias 7:8-12).
Quando Moisés viu um israelita sendo espancado, ele se levantou contra a injustiça. Isso terminou com ele matando o capataz egípcio. Naquele momento, pareceu a coisa certa a fazer. Alguém precisava defender seu povo. No entanto, Moisés sabia que sua ação não seria bem recebida pelos governantes egípcios. Antes de desferir o golpe fatal, ele "olhou para um lado e para outro" (Êxodo 2:11). Depois de matar o homem, ele "escondeu-o na areia" (v. 12). Claramente, ele esperava manter o assassinato em segredo. Porém, suas tentativas de controlar a situação falharam, e a notícia se espalhou rapidamente.
No dia seguinte, o confronto de Moisés com alguns de seus irmãos israelitas o perturbou. "Quem te tem posto a ti por príncipe e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio?" (Êxodo 2:14). Moisés esperava que eles reconhecessem que ele era seu defensor e que os lideraria para fora da escravidão. No entanto, com essa reação dos israelitas, ele percebeu que não seria bem-vindo como aliado e que a notícia logo chegaria às autoridades egípcias. Então, ele fugiu.
Como podemos discernir, nesta história, quando Moisés estava seguindo a Deus e quando estava seguindo seus próprios pensamentos e planos? Era plano de Deus que Moisés matasse o egípcio? Moisés agiu corretamente ao fugir para Midiã, onde encontrou uma esposa? Afinal, ele talvez nunca tivesse deixado o Egito e encontrado sua esposa se não tivesse matado o capataz. Em Midiã, Moisés demonstrou o mesmo desejo de proteger as jovens no poço que havia mostrado ao defender o escravo israelita do feitor egípcio. Naquela ocasião, ele estava agindo contra a vontade de Deus?
De nossa perspectiva limitada, poderíamos sugerir que Moisés quis avançar, confiando nas habilidades que Deus lhe deu. No entanto, tentar discernir a vontade de Deus nem sempre é fácil. Seja como for que escolhamos interpretar essa história, podemos ter certeza de que Deus estava trabalhando na vida de Moisés. Em Midiã, Deus abençoou Moisés e o preparou ainda mais para confiar somente Nele, e não em suas próprias habilidades.
Momento de Reflexão
Não. Deus não fala tudo de uma vez. Isso parece muito cruel, especialmente para os ansiosos. Lembremo-nos de que a gente entende uma coisa aqui e ali e já queremos agir como se soubéssemos exatamente o plano todo.
Se, por um lado, Moisés estava certo em ter grande senso de justiça; por outro, Deus não havia dado a permissão para que ele agisse pelas próprias mãos.
O ‘’meu jeito de fazer’’ desencadeou uma série de problemas para o próprio Moisés, revelando que ainda não havia chegado a hora de os hebreus serem libertados.
Moisés fugiu. Deus agiu.
Como os seguintes textos nos ajudam a entender os primeiros anos de Moisés e a aprender lições sobre como Deus nos guia hoje?
• Outros relatos sobre a vida de Moisés: Atos 7:17-29; Hebreus 11:23-27
• Tentativas equivocadas de fazer justiça: Gênesis 34:25-31; Gênesis 49:5-7
• Juízo divino contra os opressores: Jeremias 22:11-23; Amós 4:1-3
Dependendo de Si mesmo
Assim como Moisés, Jesus enfrentou oportunidades de assumir o controle das situações e depender de Sua própria força, em vez de confiar em Seu Pai. Cada tentação que Jesus enfrentou apresentava uma forma de evitar o ministério difícil ao qual Ele fora chamado. Quando o diabo O tentou a transformar pedras em pão, estava induzindo-O a seguir o caminho mais fácil (Mateus 4:3). Verdade seja dita, não é difícil justificar a criação de alimento para si mesmo quando se está à beira da morte por inanição.
Isso pareceria especialmente verdadeiro para Jesus, que sabia que precisava permanecer vivo para cumprir a missão que Deus Lhe confiara na Terra. Portanto, para Jesus, a tentação de criar alimento foi muito real. Assim como Moisés no Egito, Ele foi tentado a usar Suas habilidades para fornecer uma solução lógica ao problema imediato. No entanto, Jesus já havia aprendido a lição que Moisés, em sua história, ainda precisava aprender: quando se tem uma missão de Deus, não se deve depender das próprias habilidades. É preciso esperar que Deus aja e conduza.
Embora muitos cristãos modernos retratem as tentações como não sendo muito sérias para Jesus, por Ele ser Deus, elas foram provas verdadeiramente difíceis, semelhantes à que Moisés enfrentou ao ver o egípcio espancando o escravo israelita.
Além disso, no final do ministério terreno de Cristo, Ele foi tentado de outra forma a agir por conta própria. Nessa tentação, os relatos dos Evangelhos não mencionam especificamente Satanás como o tentador. Em vez disso, encontramos escondida na oração angustiada de Jesus ao Pai uma frase simples e quase enigmática: *"Todavia, não seja como Eu quero"* (Mateus 26:39).
Aqui, Jesus revelou que não desejava completar a missão. Devia haver outro caminho, mais fácil. Mas Ele havia aprendido a confiar no plano do Pai. Submeteu-se à vontade Dele ao dizer: "Todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres" (v. 39). Em vez de escolher Seu próprio caminho, Jesus rendeu-se ao plano e ao tempo que recebeu de Seu Pai.
A experiência de Moisés
"Quão abrangente em seus resultados foi a influência daquela mulher hebreia — e ela uma exilada e escrava! Toda a vida futura de Moisés, a grande missão que ele cumpriu como líder de Israel, testifica da importância da obra de uma mãe cristã. Não há outra obra que se iguale a esta. Em grande medida, a mãe tem em suas próprias mãos o destino de seus filhos. Ela lida com mentes e caráteres em desenvolvimento, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. Ela está semeando sementes que brotarão e darão frutos, seja para o bem ou para o mal. Ela não precisa pintar uma forma de beleza sobre a tela ou esculpi-la no mármore, mas imprimir em uma alma humana a imagem do Divino." (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 204).
"Moisés havia se tornado, em todos os sentidos, um grande homem. Como escritor, líder militar e filósofo, ele não tinha superior. O amor pela verdade e pela justiça havia se tornado a base de seu caráter e produziu uma firmeza de propósito que nenhuma inconstância de moda, opinião ou objetivos poderia influenciar. Cortesia, diligência e uma firme confiança em Deus marcaram sua vida. Ele era jovem e vigoroso, transbordando de energia e força varonil. Ele havia se compadecido profundamente de seus irmãos em sua aflição, e sua alma se inflamara com o desejo de libertá-los. Certamente, à sabedoria humana, pareceria que ele estava, em todos os aspectos, preparado para sua obra." (Ellen G. White, The Signs of the Times, 19 de fevereiro de 1880).
"Moisés foi precipitado ao matar o egípcio. Ele supôs que o povo de Israel entendia que a providência especial de Deus o havia levantado para libertá-los. Mas Deus não planejou libertar os filhos de Israel pela guerra, como Moisés pensava, mas por Seu próprio poder, para que a glória fosse atribuída somente a Ele.
Deus permitiu o ato de Moisés em matar o egípcio para cumprir Seu propósito. Em Sua providência, Ele havia levado Moisés à família real do Egito, onde ele recebeu uma educação completa; e, no entanto, ele não estava preparado para que Deus lhe confiasse a grande obra para a qual o havia levantado.
Moisés não poderia deixar imediatamente a corte do rei e os privilégios concedidos a ele como neto do faraó para realizar a obra especial de Deus. Ele precisava de tempo para ganhar experiência e ser educado na escola da adversidade e da pobreza. Seu sogro temia a Deus e era especialmente honrado por todos ao seu redor por sua sabedoria visionária. Sua influência sobre Moisés foi grande." (Ellen G. White, História da Redenção [CPB, 20211864], p. 78, 79).