PRAGAS POR TODA PARTE

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Êxodo 7; Êxodo 8; Êxodo 9; Êxodo 10
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Êxodo 7; Êxodo 8; Êxodo 9; Êxodo 10

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 02 de Agosto.

Trocando o Futebol por Deus

Por Andrew McChesney

Silva Langa, um estudante do ensino médio em Moçambique, amava futebol. O esporte era o seu Deus, e ele jogava sempre que podia. Era um jogador habilidoso e sonhava com uma carreira em grandes ligas.

Então, um amigo o surpreendeu ao dizer, de forma direta: “Você tem muitas qualidades boas, mas lhe falta Deus.” A surpresa de Silva aumentou quando o amigo, Hodes, o convidou para ir à igreja no Sábado. Silva nunca tinha ouvido falar de uma igreja que adorasse a Deus aos sábados. Além disso, o Sábado não era um bom dia para ir à igreja — era justamente o dia em que ele mais jogava partidas de futebol.

No entanto, Hodes era um bom amigo, e Silva o acompanhou à igreja no próximo Sábado em que estivesse livre. Mais uma vez, Silva ficou surpreso. Os membros da igreja o acolheram com amor e carinho. Os hinos tocaram seu coração. Ele começou a estudar a Bíblia e entregou o coração a Jesus por meio do batismo.

Muitos parentes e amigos de Silva não conseguiam entender por que ele havia parado de jogar futebol aos sábados. “Você tem uma fé maluca”, disse um. “Por que alguém iria à igreja em vez de jogar uma partida de futebol?”, disse outro. Silva explicou sua fé da melhor maneira que pôde.

Seus pais ficaram preocupados quando ele faltou aos exames de admissão à universidade porque caíam em um Sábado. Eles questionaram sua sanidade, perguntando por que ele estava disposto a arriscar seu futuro por causa do Sábado. Foi uma provação severa para Silva, mas ele decidiu adotar a coragem de Pedro e dos outros apóstolos e declarar como eles:

“Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).

A preocupação dos pais aumentou quando a escola ligou perguntando por que ele não estava frequentando as aulas de sexta-feira à noite. Vários parentes imploraram aos líderes Adventistas locais que convencessem Silva a estudar nas noites de sexta. Os líderes, no entanto, não ofereceram um estudo bíblico sobre o Sábado. Em vez disso ofereceram a ele a certeza de que Deus não o abandonaria e de que ele se formaria no ensino médio.

Logo, Silva conseguiu se transferir para uma escola Adventista, onde não enfrentava mais conflitos com o Sábado. Ele concluiu o ensino médio.

Hoje, Silva é um empreendedor e não se arrepende de ter deixado o “Deus” futebol pelo Deus do céu. Sua vida de fidelidade levou duas de suas irmãs e outras pessoas ao batismo. “Deus abençoou minha vida”, disse Silva. “Agradeço a Deus porque hoje minha família respeita minhas crenças.”

Fornecido pelo Escritório da Conferência Geral da Missão Adventista, que usa as ofertas missionárias da Escola Sabatina para espalhar o evangelho em todo o mundo. Leia novas histórias diariamente em www.licao.org/historias.

Acreditamos que Deus aumentou o conhecimento de nosso mundo moderno e que Ele deseja que o usemos para Sua glória e proclamar Seu breve retorno! Precisamos da sua ajuda para continuar a disponibilizar a Lição neste aplicativo. Temos os seguintes custos Firebase, hospedagem e outras despesas. Faça uma doação no nosso site www.Licao.org.

Desejo de Controle

A quem ou ao que você recorre quando está em dificuldade? Talvez haja alguém que você sabe que pode contar quando está em necessidade, seja por comida, dinheiro, abrigo ou apenas apoio. Você pode não pedir ajuda com frequência, mas sabe que, se estiver passando por dificuldades, há algum lugar onde pode buscar auxílio. Algumas pessoas dependem de amigos ou parentes prestigiados para ajudá-las a avançar na vida, progredir em suas carreiras ou protegê-las das consequências de suas ações.

O que você faria se não tivesse ninguém para ajudá-lo quando estivesse em apuros? Quando as dificuldades se multiplicam e a pressão aumenta, as pessoas frequentemente criam suas próprias "soluções". Dependendo da pessoa e da necessidade específica, quando as pessoas sentem que suas vidas estão fora de controle, elas podem recorrer às redes sociais, pornografia, abuso de substâncias ou relacionamentos tóxicos, por exemplo.

As pessoas no mundo antigo também enfrentavam dificuldades que estavam além de seu controle. No Egito, uma pergunta recorrente era: "O rio Nilo fornecerá a quantidade certa de água este ano para uma boa colheita?" O rio Nilo, um dos rios mais importantes do mundo antigo, fornecia irrigação para todo o país e era uma das chaves para a grandeza da civilização egípcia. No entanto, o rio podia ser temperamental. As enchentes podiam subir muito no vale do Nilo, e então não seria possível cultivar. Pouca água significava seca e, novamente, não haveria comida para comer.

Os egípcios não tinham muitas opções eficazes para controlar o rio instável, então recorriam aos seus deuses em busca de ajuda. Não era apenas o Nilo; muitas outras coisas na natureza precisavam ser controladas. Acreditar em deuses que podiam regular essas forças incontroláveis da natureza era uma prática cultural fundamental naquela época — uma que colocou os egípcios em confronto direto com o Deus dos hebreus. O resultado, é claro, foi desastroso para as divindades egípcias.

Cobras Vivas!

As pragas do Egito são um dos eventos mais conhecidos da Bíblia. Elas foram de natureza épica, com a destruição aumentando à medida que cada uma ocorria. Para entender o motivo dessa devastação, é importante examinar como as pragas representam uma disputa entre o Deus de Israel e os deuses do Egito.

A recusa de Faraó em permitir que os hebreus fizessem uma jornada de três dias ao deserto para adorar a Deus preparou o cenário para as dez pragas. Faraó disse: "Quem é o Senhor, para que eu ouça a Sua voz e deixe Israel ir? Não conheço o Senhor, nem deixarei Israel ir" (Êxodo 5:2). Faraó deixou claro que não acreditava que o Deus dos hebreus fosse alguém a quem ele devesse obedecer.

Em resposta, Deus disse a Moisés: "Agora verás o que farei a Faraó; porque, por uma forte mão, os deixará ir, e por uma forte mão os lançará fora da sua terra" (Êxodo 6:1). A competição começou com a vara de Arão. Deus disse a Moisés que, quando Faraó pedisse para ver um milagre, Arão deveria lançar sua vara no chão e vê-la se transformar em uma cobra (Êxodo 7:8). No entanto, quando Arão fez isso, os mágicos de Faraó fizeram exatamente a mesma coisa (v. 11). Deus contra-atacou fazendo com que a cobra de Arão engolisse as cobras dos magos. O que esse primeiro encontro deixa claro é que esta foi uma disputa entre os deuses do Egito e o Deus dos hebreus. Os mágicos egípcios conseguiram imitar o poder sobrenatural de Deus, deixando o povo decidir por si mesmo quem era o verdadeiro Deus. Isso também explica por que Faraó endureceu seu coração diante da ordem de Moisés.

A luta das cobras foi apenas o começo. As pragas que se seguiram foram um desmantelamento sistemático de todo o panteão egípcio. Embora sejam frequentemente chamadas de pragas, o texto hebraico se refere a elas como sinais e maravilhas (Êxodo 7:3). Isso enfatiza que um poder sobrenatural estava por trás das pragas. Elas não foram meros acidentes da natureza.

A narrativa é organizada cuidadosamente. As primeiras nove pragas são agrupadas em conjuntos de três e separadas da décima praga. Cada conjunto começa com Moisés encontrando Faraó de manhã cedo e entregando uma mensagem de advertência (Êxodo 7:15; 8:20; 9:13), e então a terceira praga de cada conjunto ocorre sem nenhum aviso.

O Confronto Começa

As pragas foram um ataque surpreendente e coordenado contra os deuses do Egito. O poder econômico do Egito vinha do rio Nilo, então Deus começou Sua demonstração ali, transformando-o em sangue. No entanto, os magos de Faraó imitaram esse feito, e mais uma vez, o coração de Faraó se endureceu. Sete dias depois, o próximo sinal ocorreu, e a terra ficou coberta de rãs. Novamente, os magos do Egito realizaram o mesmo sinal (Êxodo 8:7). Faraó ficou perturbado com a superabundância de rãs, então pediu a Moisés que as removesse.

Porém, quando as rãs desapareceram, Faraó endureceu seu coração mais uma vez. Uma terceira praga, desta vez de piolhos, caiu sem aviso sobre a terra, e, desta vez, os magos de Faraó não conseguiram replicá-la. Poderíamos esperar que a reação de Faraó fosse diferente por causa disso. Seus magos confessaram que era o "dedo de Deus" (v. 19), mas seu hábito de resistir a Deus havia se fortalecido com o tempo. Faraó estava ficando cada vez mais teimoso.

Deus enviou a quarta praga, desta vez um tipo de enxame de mosca. Para continuar demonstrando Sua superioridade sobre os deuses de Faraó, Ele protegeu a terra de Gósen, onde os israelitas viviam. As pragas seguintes vieram em rápida sucessão, com Faraó cedendo e depois recuando sua permissão repetidamente. O coração de Faraó tornou-se cada vez mais resistente a cada praga.

Quando Moisés e Arão avisaram Faraó sobre a oitava praga, a dos gafanhotos, os servos de Faraó o pressionaram a cumprir o pedido dos irmãos. Eles estavam começando a confiar nas palavras de Moisés. Por causa dessa pressão, Faraó concordou em deixar apenas os homens irem, enquanto as mulheres e crianças ficariam para trás. Moisés insistiu que todo o povo deveria ser liberado, Faraó recusou, e a praga dos gafanhotos começou.

Mais uma vez, Faraó confessou seu pecado a Moisés por causa da destruição causada pelos gafanhotos, e Moisés pediu a Deus que interrompesse a praga. Novamente, o coração de Faraó se endureceu, e ele se recusou a deixar o povo ir. Então, uma última praga sem aviso caiu, a nona praga das trevas, que cobriu a terra por três dias.

Com isso, Faraó cedeu um pouco mais, oferecendo permitir que todo o povo fosse, desde que deixassem todos os animais para trás. Moisés recusou novamente, afirmando que os animais seriam necessários para sacrifícios quando adorassem ao Senhor. Com isso, uma última vez, o coração de Faraó se endureceu, e ele expulsou Moisés de sua presença, declarando que nunca mais veria seu rosto.

Momento de Reflexão

O que era praga para o Egito seria libertação para os hebreus. Porém, ainda assim, Deus não agiu impetuosamente. Ao contrário, Ele agiu gradativamente, dando a chance de Seu oponente repensar suas atitudes,

Esse é o Deus a quem servimos. Um Deus que não tem prazer na morte do ímpio. Um Deus que deseja guiar Seu povo. Um Deus que cumpre Suas promessas ainda que não entendamos todos os detalhes envolvidos na trajetória.

Como os seguintes versículos nos ajudam a entender melhor o significado das pragas?

• Magos e seus encantamentos: Gênesis 41:8; Daniel 1:20; Daniel 2:1, 27

• Sinais e maravilhas no Egito: Salmo 78:40-55; Salmo 105:23-38; Salmo 135:5-9

• Outras pragas: Deuteronômio 28:21, 27; Apocalipse 15:1; Apocalipse 16

A Bondade de Deus

As pragas que Moisés realizou pelo poder de Deus foram planejadas para convencer as pessoas do verdadeiro caráter do Senhor. No entanto, hoje, algumas pessoas questionam o amor e a bondade de Deus ao lerem sobre a destruição causada por essas pragas. Alguns as veem apenas como um ato de vingança.

Por outro lado, essas mesmas pessoas frequentemente criticam Deus por permitir que o mal continue por muito tempo. Quando Deus permite que a injustiça persista, elas O culpam por não agir com rapidez suficiente. Quando Ele intervém para libertar, O acusam de agir com excesso. Para os israelitas, as pragas foram atos de misericórdia para livrá-los do jugo da tirania. Para os egípcios, foram convites ao arrependimento de sua maldade e ao reconhecimento da soberania de Deus.

Ao longo das pragas, Deus demonstrou misericórdia para com os egípcios, dando-lhes todas as oportunidades possíveis de arrependimento. Por exemplo, cerca de vinte e quatro horas antes de enviar a sétima praga, Moisés alertou os servos de Faraó sobre a chuva de pedras para que aqueles que cressem tivessem tempo suficiente para abrigar seus servos e seu gado (Êxodo 9:18–21).

Antes que a décima e mais terrível praga caísse, Deus lhes deu uma última chance de se arrepender e evitar o pior juízo. A nona praga, três dias de trevas (Êxodo 10:21–23), serviu como uma espécie de "pausa" para Faraó refletir sobre suas escolhas recentes e suas consequências. No entanto, as pragas demonstraram que não houve mudança de coração.

Quando lemos a história de Jesus nos Evangelhos do Novo Testamento, vemos que Cristo também usou sinais e milagres como demonstração de Seu poder.

A resistência das pessoas a Jesus manifestando Seu poder contra as forças demoníacas, enquanto esteve na terra, foi semelhante à reação dos egípcios ao poder de Deus sendo revelado em juízo contra os poderes demoníacos do Egito. Não importa quantos sinais e maravilhas sejam realizados, as pessoas ainda precisam escolher se crerão no poder de Deus.

Falsos Milagres

"Os magos não fizeram realmente com que suas varas se transformassem em serpentes; mas, por meio de magia, auxiliados pelo grande enganador, conseguiram produzir essa aparência. Estava além do poder de Satanás transformar as varas em serpentes vivas. O príncipe do mal, embora possuindo toda a sabedoria e poder de um anjo caído, não tem poder para criar ou dar vida; isso é prerrogativa exclusiva de Deus. Mas tudo o que estava ao alcance de Satanás, ele fez; produziu uma falsificação.

Aos olhos humanos, as varas foram transformadas em serpentes. Faraó e sua corte acreditaram que eram verdadeiras. Não havia nada em sua aparência que as diferenciasse da serpente produzida por Moisés. Embora o Senhor tenha feito a serpente verdadeira engolir as falsas, mesmo isso foi considerado por Faraó, não como uma obra do poder de Deus, mas como resultado de um tipo de magia superior à de seus servos.

"Faraó desejava justificar sua teimosia em resistir ao mandamento divino e, por isso, buscava algum pretexto para desconsiderar os milagres que Deus havia operado por meio de Moisés. Satanás lhe deu exatamente o que ele queria. Pela obra que realizou através dos magos, fez parecer aos egípcios que Moisés e Arão eram apenas mágicos e feiticeiros, e que a mensagem que traziam não podia ser respeitada como vinda de um Ser superior.

Assim, a falsificação de Satanás cumpriu seu propósito de encorajar os egípcios em sua rebelião e levar Faraó a endurecer seu coração contra a convicção. Satanás também esperava abalar a fé de Moisés e Arão na origem divina de sua missão, para que seus instrumentos prevalecessem. Ele não queria que os filhos de Israel fossem libertos da escravidão para servir ao Deus vivo.

"Mas o príncipe do mal tinha um objetivo ainda mais profundo ao manifestar suas maravilhas através dos magos. Ele sabia muito bem que Moisés, ao quebrar o jugo da escravidão sobre os filhos de Israel, prefigurava Cristo, que quebraria o domínio do pecado sobre a família humana. Sabia que, quando Cristo aparecesse, grandes milagres seriam realizados como evidência ao mundo de que Deus O havia enviado. Satanás tremia por seu poder. Ao falsificar a obra de Deus através de Moisés, ele esperava não apenas impedir a libertação de Israel, mas também exercer uma influência através dos séculos futuros para destruir a fé nos milagres de Cristo.

Satanás está constantemente buscando imitar a obra de Cristo e estabelecer seu próprio poder e reivindicações. Ele leva os homens a explicar os milagres de Cristo, fazendo-os parecer resultado da habilidade e poder humanos. Assim, em muitas mentes, ele destrói a fé em Cristo como o Filho de Deus e os leva a rejeitar as graciosas ofertas de misericórdia através do plano da redenção" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [2022], p. 219, 220).