Entrevista Secreta

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
João 3.
Leia para o estudo desta semana: João 3.

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Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: João 3.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 19 de Outubro.

Uma semente de sábado

Por Andrew Mcchesney

Um homem nativo americano entrou no canteiro de obras.

“O que vocês estão construindo aqui?”, ele perguntou, observando voluntários colocando paredes de madeira na fundação de concreto do All Nations Center em Wapato, uma cidade no estado americano de Washington. “Outra igreja?”, ele disse, balançando a cabeça. “Vocês nem sabem que dia da semana guardar.”

Um líder de construção, Jeff Weijohn, iniciou uma conversa com o homem, que nunca tinha ouvido falar de Adventistas do Sétimo Dia. O homem pensou que a nova igreja estaria aberta para adoração no domingo, mas ele acreditava que o Criador deveria ser adorado no Sábado.

Jeff ficou surpreso. “Foi a primeira vez que ouvi falar de algum nativo Os americanos têm um histórico de guarda do Sábado”, disse Jeff em uma entrevista.

Mais tarde, Jeff buscou esclarecimentos de um historiador familiarizado com a história dos nativos americanos. O historiador confirmou que uma ou duas tribos na Reserva Indígena Yakama, onde Wapato está localizada, tradicionalmente acreditavam que o Sétimo Dia era o dia do Criador e O adoravam naquele dia.

A percepção de que Deus havia plantado uma semente de Sábado nos corações dos nativos energizou Jeff e sua esposa, Terri, na missão de evangelizar os nativos americanos.

O programa de extensão começou com a ajuda de uma Oferta do Décimo Terceiro Sábado em 1990. Um destaque do programa é o All Nations Center, que foi inaugurado em 2001 e foi projetado como um edifício multiuso. Ele tem um canto de adoração, onde as pessoas se reúnem para adorar nas manhãs de Sábado; uma área de alimentação, onde as refeições são servidas e um brunch anual de Dia das Mães atrai de 300 a 400 pessoas; e quadras de vôlei e basquete, onde até 200 crianças e seus pais vêm para noites de jogos. O centro também oferece acampamentos diurnos, Escolas Bíblicas de Férias e tutoria após as aulas.

Os nativos americanos e outros podem alugar espaço. “Uma das razões pelas quais construímos o A instalação foi porque a comunidade não tinha onde se reunir”, disse Jeff.

Em um caso notável, um líder nativo americano escolheu o local em vez de um cassino de propriedade de nativos para realizar seminários sobre saúde, dizendo que o jogo estava destruindo seu povo.

“Foi um grande testemunho de que ele não queria ter nada a ver com o cassino”, disse Jeff.

O conceito culturalmente sensível do centro provou ser tão bem sucedido que foi replicado em outros lugares, inclusive no Canadá, disse ele.

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Entrevista A Meia-Noite

Nesta lição, continuamos explorando o ministério inicial de Jesus. A narração de João sobre a vida de Cristo acrescenta profundidade à nossa compreensão. João registrou eventos do começo do ministério de Jesus que são novos para quem lê os outros três Evangelhos. Essas histórias nos dão contexto e insights sobre a vida de Jesus. João revelou Jesus como “o Filho de Deus” (João 20:31) ao descrever os sinais que Ele realizou e os diálogos em que estava envolvido. A conversa com Nicodemos (João 3:1–21) e a discussão dos discípulos com João Batista aparecem apenas neste Evangelho.

Ao lermos sobre a interação pessoal de Jesus com Nicodemos, lembre-se de que as divisões de capítulos foram adicionadas ao texto muito tempo depois de sua composição. A história desse encontro noturno segue diretamente as declarações de que Jesus sabia o que estava nos corações das pessoas (João 2:22–25).

A conversa com Nicodemos explica a ideia de que Jesus não se entregava aos homens porque sabia como eles eram. João fez essa conexão ao dizer que Jesus “sabia o que havia no homem” e então descreveu Nicodemos como um “homem dos fariseus” (João 3:1). Essa expressão é incomum, sugerindo que João a escolheu especificamente para conectar essas passagens.

Lemos que Nicodemos veio a Jesus à noite (João 3:2). João usou a luz para descrever a presença de Deus (João 1:4–5); escuridão e noite para descrever a ausência de Deus (João 3:19–21; 8:12; 13:30). Nicodemos representa aqueles que estão na escuridão, mas estão abertos à luz. Naturalmente, vir à noite também ofereceria um disfarce para não ser visto pelas multidões ou por outros fariseus.



Isso proporcionaria uma oportunidade para uma conversa longa e ininterrupta. Aqui, João acrescentou vários significados, como costumava fazer em seu Evangelho.

A experiência de Nicodemos enfatiza que não podemos simplesmente categorizar as pessoas como a favor ou contra Jesus. Alguns declaram sua lealdade a Cristo, mas acabam o rejeitando (João 6:60). Outros parecem ambivalentes, mas acabam se tornando seus seguidores (João 19:39, 40), mesmo nas situações mais extremas.

O Mestre de Israel

Antes de relatar a história, João apresenta um pequeno currículo de Nicodemos. Ele era um fariseu e um “governante dos judeus” (João 3:1). Mais tarde, Jesus o chamou de “o mestre de Israel”. Em outras palavras, como um professor de destaque, ele veio a Jesus para conversar de professor para professor. No entanto, Jesus não estava inclinado a discutir amenidades. Ele foi direto ao ponto central: a necessidade de nascer de novo.

O ponto central da resposta de Jesus é que, para entrar ou até mesmo ver o reino de Deus, é necessário “nascer de novo” (João 3:3). Outras versões traduzem isso como “nascer do alto”, já que a palavra anōthen usada aqui significa de cima, de novo ou anew. Qual significado Nicodemos entendeu? Qual era a intenção de Jesus? Hoje, a expressão “nascer de novo” é comumente usada como um termo para conversão do coração. Jesus a usou como uma metáfora que tenta retratar uma experiência além do que as palavras podem descrever.

Enquanto Jesus explicava que precisamos passar por um nascimento diferente – nascer de novo e do alto. Com isso, Ele conectou isso ao trabalho celestial do Espírito (João 1:12, 13). Jesus não estava apontando para uma nova vida futura na eternidade; essa nova vida começa agora (João 3:15, 16). Jesus ofereceu a Nicodemos uma experiência semelhante à Sua—uma em que Deus estaria presente na vida de Nicodemos a partir daquele momento. João estendeu as palavras de Jesus a todos os leitores de seu Evangelho.

Jesus usou a expressão “Em verdade, em verdade vos digo” três vezes (João 3:3, 5, 11). A última instância marcou uma mudança na conversa, onde Jesus de repente começou a falar no plural (“vós” em João 3:11 é um pronome plural de segunda pessoa). Claramente, essa conversa foi registrada para o benefício de um público mais amplo além de Nicodemos. Jesus também não identificou o “nós” ao mudar para a primeira pessoa do plural. A natureza não identificada de ambos os grupos (“nós” e “vós”) convida a um estudo mais profundo. O “nós” inclui João Batista e os profetas do Antigo Testamento que testemunharam sobre Cristo? Ou se refere a crentes posteriores que recebem e compartilham esse testemunho?

De fato, na morte de Jesus, a “luz daquela entrevista secreta iluminou a cruz no Calvário, e Nicodemos viu em Jesus o Redentor do mundo” (Ellen G. White, O Desejo de Todas as Nações, p. 132). Somente quando contemplamos a crucifixão podemos compreender as palavras de Jesus sobre a nova vida. Quando Cristo entregou a própria vida (João 10:18) tornou possível que experimentássemos a vida eterna.

Evangelho: Origem e Objetivo

João 3:14–21 conclui a conversa de Jesus com Nicodemos. Apesar das letras vermelhas nas Bíblias de hoje, não está claro onde termina o discurso de Jesus. Escritos antigos não continham nada semelhante a aspas. Muitos acreditam que as palavras de Jesus terminam no versículo 15 e que os versículos 16–21 são as meditações do apóstolo João sobre o tema. Outros veem esses versículos como uma continuação do discurso de Jesus. De qualquer forma, os versículos 16–21 são ricos em significado.

Os versículos 14¬–16 discutem um tema importante: como a vida eterna chega ao crente. Jesus disse que a vida eterna resulta de Ele ser levantado, uma referência à Sua crucificação (João 8:28; 12:32, 33). Portanto, a salvação é tornada possível pela morte de Cristo. Deus deu o presente supremo—Seu próprio Filho—por causa de Seu amor infinito por todo o mundo. O amor de Deus abrange a todos, em todos os lugares. Nenhum grupo espiritual ou nacional tem prioridade. Uma visão completa do amor imparcial de Deus transforma a maneira como vemos os outros, que são tão amados por Deus quanto nós.

O conceito de Deus dando Seu Filho levanta uma ambiguidade. Essas palavras descrevem a encarnação ou a crucificação? Como é comum em João, ambas as visões são prováveis. A popularidade de João 3:16 não deve diminuir sua importância. Este versículo apresenta uma das expressões mais claras do amor de Deus por um mundo rebelde. A morte de Jesus revela que a salvação não é concedida relutantemente por um Deus que não quer; é uma manifestação do profundo amor que reside em Seu coração.

Os versículos 17–21 exploram a importância da nossa resposta ao presente de Deus, que é Jesus. O objetivo de Jesus vir à terra como Deus encarnado era a vida eterna, não a condenação. Essa realidade confronta cada um de nós diariamente, nos chamando a tomar a decisão de crer. Se rejeitarmos Cristo, não receberemos a vida eterna. Para João, isso equivale a já estar julgado ou condenado.

Ao abraçar Cristo, recebemos luz e vida eterna. Ao rejeitá-Lo, permanecemos presos na escuridão (João 1:4, 5, 9). Ao aceitar ou rejeitar a luz, revelamos nossa resposta ao presente de Deus, que é Seu Filho. Assim, o julgamento resulta de nossas escolhas (João 8:12; 9:5; 12:46). O mundo se julga pela sua resposta ao presente do amor de Deus. Com uma leitura superficial, o Evangelho pode parecer muito julgador. No entanto, é essencial lembrar o significado de João: nós nos julgamos. Deus sempre deseja que recebamos a vida eterna.

O que começou como uma conversa entre Cristo e Nicodemos terminou com uma profunda discussão sobre a salvação.

Momento de Reflexão

► A primeira resposta de Jesus a Nicodemos (João 3:3) parece abrupta e desconectada da introdução de Nicodemos. Por que você acha que Jesus começou dessa forma?

► Já que obviamente não podemos reentrar no ventre materno, o que você acha que causou a má interpretação de Nicodemos sobre as palavras de Jesus? (João 3:4).

► Como os seguintes versículos poderiam ter ajudado Nicodemos a entender o chamado de Jesus para um novo nascimento? (Isaías 64:8; Salmos 51:10; Ezequiel 36:26, 27).

► Assim como Nicodemos, como podemos lidar melhor com nossa própria necessidade espiritual de um renascimento?

► Leia João 3:16 em versões que você não conhece. Novas percepções aparecem para você?

► Além do que João 3:19 menciona, você consegue pensar em outras razões pelas quais as pessoas valorizam a escuridão?

O Testemunho de João Batista

O restante do capítulo discute o testemunho de João Batista. O conflito que o Batista enfrentou foi parte da motivação de Jesus para viajar através da Samaria até a Galileia (João 4:4–6). O capítulo 3 termina com o último testemunho de João Batista. O Evangelho de João menciona pouco a prisão do Batista (João 3:24; Mateus 14:1–12; Marcos 6:14–29; Lucas 3:19, 20), provavelmente porque o propósito principal do livro é dar ao leitor uma compreensão de Jesus e Seu trabalho. João Batista foi enviado para testemunhar sobre Cristo (João 1:6–8; 3:19–36).

Usando a metáfora de um casamento (João 3:29, 30), o Batista mostrou que seu ministério era de preparação. Naqueles dias, o “amigo do noivo” tinha muitas responsabilidades importantes, incluindo a preparação dos convidados, arranjos do casamento e levar a noiva até o noivo. O foco do amigo era exclusivamente na felicidade do noivo.

João Batista via seu trabalho como algo semelhante—ele estava se preparando para o Noivo (Isaías. 61:1–10; Jer. 2:2; Oséias 1, 2). À medida que o ministério de Jesus crescia, o de João diminuía (João 3:30). Este discurso marca a última vez que o Batista é mencionado no quarto Evangelho.

As palavras de João Batista ecoam a conversa de Jesus com Nicodemos. Mais uma vez, vemos que Jesus “vem do alto” (João 3:31). O Batista entendeu que Jesus falava a partir do que tinha visto (João 3:32;). Ele reiterou a ideia de que, ao receber Cristo, alguém passa da morte para a vida. Resistir a Jesus é escolher a morte (João 3:36; 17–21). O testemunho de João confirma o que o leitor já aprendeu sobre quem é Jesus, de onde Ele veio e qual é Seu propósito.

João Batista foi motivado pelo seu chamado para preparar o caminho para o Noivo. Seu testemunho convenceu inúmeras pessoas e deu muitos e dá frutos. O verbo de João 3:26 que a versão Nova Almeida Atualizada traduz como ‘’deu testemunho’’ está na forma perfeita, indicando um testemunho contínuo. Por isso, ele significa mais exatamente ‘’tens dado testemunho’’ (Almeida Século 21). A vida de João Batista nos desafia a considerar a influência contínua de nossa vida e palavras.

João 3:3–21 e 31–36 revelam um aspecto importante da salvação que muitas vezes é ignorado. Deus nos deu tudo no presente de Seu Filho, e Ele deseja que todos sejam salvos. Através do sacrifício de Cristo, todos podem ser salvos.

Cristo Levantado

“Olhando para a cruz do Calvário, você terá o desejo de carregar a cruz. O Redentor do mundo foi pendurado na cruz do Calvário. Eis o Salvador do mundo, em quem habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade. Alguém pode olhar e contemplar o sacrifício do querido Filho de Deus, e seus corações não serem derretidos e quebrantados, prontos para se renderem a Deus de coração e alma?” (Ellen G. White, Fé e Obras, 1979, p. 16).

“O que é fé?... É um assentimento do entendimento às palavras de Deus que liga o coração à consagração voluntária e ao serviço a Deus, que deu o entendimento, que moveu o coração, que primeiro atraiu a mente para ver Cristo em a cruz do Calvário. Fé é entregar a Deus as faculdades intelectuais, abandonar a mente e a vontade a Deus e fazer de Cristo a única porta para entrar no reino dos céus”.

“João foi chamado para encaminhar o povo a Jesus, e foi sua alegria testemunhar o sucesso da obra do Salvador. Ele disse: ‘Esta minha alegria, portanto, está cumprida. Ele deve aumentar, mas eu devo diminuir.’... Olhando com fé para o Redentor, João alcançou o auge da abnegação. Ele não procurou atrair os homens para si, mas elevar-lhes os pensamentos cada vez mais alto, até que repousassem no Cordeiro de Deus. Ele próprio tinha sido apenas uma voz, um grito no deserto. Agora, com alegria, ele aceitou o silêncio e a obscuridade, para que os olhos de todos pudessem se voltar para a Luz da vida” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 134).

“Deus chama um homem para fazer uma determinada obra; e quando ele o leva até onde está qualificado para fazê-lo, o Senhor traz outros para levá-lo ainda mais longe. Mas, assim como os discípulos de João, muitos acham que o êxito da obra depende do primeiro trabalhador. A atenção é fixada no humano em vez de no divino, surge o ciúme e a obra de Deus é prejudicada. Aquele que é assim indevidamente honrado é tentado a nutrir a autoconfiança. Ele não percebe sua dependência de Deus. As pessoas são ensinadas a confiar na orientação do homem e, assim, caem no erro e são desviadas de Deus”.

“Será que aqueles cujas vidas foram passadas em rebelião contra Deus seriam subitamente transportados para o céu e testemunhariam o alto e santo estado de perfeição que existe lá, poderiam aqueles cujos corações estão cheios de ódio a Deus... se misturarem com a multidão celestial e juntar-se aos seus cânticos de louvor?... Uma vida de rebelião contra Deus os incapacitou para o Céu. Sua pureza, santidade e paz seriam uma tortura para eles; a glória de Deus seria um fogo consumidor. ... O destino dos ímpios é determinado pela sua própria escolha. Sua exclusão do céu é voluntária para eles e justa e misericordiosa da parte de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 452, 453).