Lição da Escola Sabatina

VERSO PARA MEMORIZAR:
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Leituras da semana:
Isaias 58

Por Andrew Mcchesney

O mundo de Ki-nam desabou depois que ela chegou da Coreia do Sul para trabalhar como missionária estudante no Oriente Médio. Ela chegou com um visto de turista de curta duração, que precisava ser convertido em um visto de residência, permitindo que ela permanecesse por um ano completo. O proprietário do seu apartamento havia concordado em assinar a documentação, fornecendo-lhe a prova de residência para o novo visto. Mas, de repente, ele mudou de ideia e exigiu uma grande quantia de dinheiro para assinar o documento.

Ki-nam não tinha o dinheiro. O líder missionário responsável pelo pequeno grupo de missionários estudantes também não tinha o dinheiro. A pequena comunidade Adventista do Sétimo Dia não tinha o dinheiro. A comunidade era composta principalmente por refugiados pobres que se reuniam para adorar em uma igreja doméstica.

As opções de Ki-nam eram limitadas. Ela não poderia simplesmente se mudar para outro apartamento porque era difícil encontrar proprietários dispostos a alugar para estrangeiros. Ficar ilegalmente no país não era uma opção, e ela não queria subornar um oficial para obter o visto de residência.

Ela orou: "Senhor, se o Senhor me enviou aqui, o Senhor deve resolver o meu problema." Ela orou todos os dias durante dois meses. Seus pais na Coreia do Sul oraram. O líder missionário colocou o nome de Ki-nam na lista de oração da igreja doméstica, e os membros da igreja oraram.

Dois meses se passaram, e o proprietário não assinou o documento.

Então, chegou o dia em que Ki-nam precisava ir para uma entrevista para um novo visto. Mas ela não tinha documentos para apoiar o novo visto.

Pouco antes da entrevista, o celular de Ki-nam tocou. Era o líder missionário. "Pode haver uma solução", disse ele. "Vamos lá."

Ele explicou que um membro da igreja se sentiu inspirado a parar em uma agência imobiliária alguns minutos antes. O membro da igreja conhecia o proprietário da agência e perguntou: "Você pode ajudar minha amiga?" O proprietário respondeu: "Traga o passaporte dela, e eu lhe darei a prova de residência.

Ki-nam ficou atônita. Ela só pôde dizer: "Obrigada, Deus.

O proprietário assinou o documento, e Ki-nam recebeu o visto de residente. Depois disso, Ki-nam não teve dúvida de que Deus abençoaria seu ano no Oriente Médio. E Ele abençoou. Sete pessoas foram batizadas através do trabalho dela. "Deus me chamou e me usou para salvar pessoas", disse Ki-nam em uma entrevista à Missão Adventista em Seul, Coreia do Sul. "Ele esteve comigo a cada passo do caminho, me ajudando. Eu percebi que não há erros no chamado de Deus, e foi um ano de gratidão."

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As pessoas podem ter tudo o que este mundo pode oferecer e ainda assim viver com uma sensação persistente de que algo está faltando. É a crise do sucesso chegar ao topo deste mundo apenas para perceber que ele não satisfaz. Quanto mais uma pessoa sobe neste mundo, mais uma pergunta queima em sua mente: "E agora?" Essas duas palavras podem fazer uma pessoa se sentir como a coisa mais vazia do mundo.

A comida pode encher o estômago. O dinheiro pode pagar as despesas. A música pode satisfazer os ouvidos. O entretenimento pode nos fazer rir. Mas qual é o ponto? No fundo, ainda há um coração carregado de tristeza (Provérbios 14:13). Nenhuma quantidade de música, festas, viagens ou postagens online preencherá o vazio. Somente Deus pode satisfazer a fome da alma (Salmos 107:9). Isso não significa que Deus é a única coisa que precisamos (afinal, ainda precisamos comer, dormir e socializar).

Em vez disso, Deus é nossa necessidade mais central. Também devemos reconhecer que muitas pessoas tentam preencher o vazio em seus corações com rotinas religiosas que não fazem nada para curá-las. Não são os rituais religiosos que satisfazem a alma, mas uma conexão viva com Deus.

Saber que precisamos de Deus mais do que qualquer outra coisa leva algumas pessoas a abandonar outras formas de ajuda que são necessárias para a recuperação e a cura. Você pode se surpreender no estudo desta semana com a prescrição abrangente que a Bíblia dá para a cura e a felicidade. Devemos nos encorajar ao saber que Deus quer que recebamos toda a ajuda de que precisamos para ter sucesso espiritual, mental e emocional.

Observe o equilíbrio entre dar e receber. Uma alma focada internamente (ou seja, um desequilíbrio de receber) nunca pode ser uma alma satisfeita. Deus tem que ampliar nosso foco e nos equilibrar para nos curar. Preocupar-se com a dor das outras pessoas e responder às suas necessidades nos dá um novo senso de significado e propósito. À medida que encorajamos e elevamos os outros ao nosso redor, descobrimos alegria e satisfação. Quando ajudamos os outros a encontrar a cura, Deus nos ajuda a encontrar a cura. Quando trazemos os excluídos, Deus nos traz para dentro.

Uma pessoa ferida não precisa esperar até que todos os seus problemas sejam resolvidos antes de ajudar os outros. A melhor coisa a fazer é encontrar pessoas que estão sofrendo e que você pode ajudar, e que podem ajudá-lo em seu caminho de cura. Observe a sequência de ministério e cura em Isaías 58. Uma vez que você começa a "soltar as cadeias da injustiça, a desfazer as pesadas cargas, a libertar os oprimidos", a "quebrar todo jugo", a "compartilhar seu pão com os famintos" e a "trazer para sua casa os pobres que são excluídos", "então a sua luz surgirá como a aurora, e a sua cura brotará rapidamente" (Isaías 58:6-8).

"Se você estender sua alma aos famintos e satisfazer a alma aflita, então a sua luz nascerá nas trevas, e a sua escuridão será como o meio-dia" (Isaias 58:10). Embora Deus queira nos ajudar a todos, Ele deseja especialmente ajudar as pessoas que buscam ajudar os outros. Deus poderia realizar Sua obra inteiramente através dos anjos, mas Ele quer compartilhar o trabalho conosco para que possamos compartilhar a alegria disso.

Sejam palavras ou ações, precisamos receber dos outros tanto quanto precisamos dar. Paulo escreveu em Gálatas: “Levem as cargas uns dos outros” (Gálatas 6:2). Cada um de nós tem poder de influência. Todos nós podemos motivas e levantas uns aos outros.

Às vezes, os cristãos podem ficar um pouco confusos sobre receber ajuda. Depender do apoio dos amigos mostra falta de fé em Deus? Os Evangelhos nos dizem que Jesus abençoou aqueles que dependiam da ajuda de seus amigos. Veja o exemplo do homem paralítico cujos amigos o carregaram até Jesus. Sem seus amigos, esse homem dificilmente teria alguma chance de conhecer Jesus ou alcançá-Lo. Jesus imediatamente reconheceu a importância dos amigos do homem. A Bíblia diz: "Quando Jesus viu a fé deles, disse ao paralítico: 'Filho, os seus pecados estão perdoados'" (Marcos 2:5).

Jesus perdoou o paralítico não apenas por causa de sua fé, mas também por causa da fé de seus amigos. Deus sabe que nem sempre podemos chegar até Ele com nossas próprias forças. Ele nos encontra onde estamos, e às vezes, isso vem na forma de enviar pessoas que nos carregarão o resto do caminho. Não há vergonha em precisar do apoio de nossos amigos.

Paulo queria que os membros da igreja se exortassem diariamente, não apenas uma vez por semana no Sábado (Hebreus 3:13). Precisamos desse tipo de apoio espiritual constante uns dos outros. Da mesma forma, Ellen White uma vez aconselhou uma jovem a se apoiar na fé de seus amigos: "Se você não pode confiar em sua própria fé, confie na fé dos outros. Nós cremos e esperamos por você. Deus aceita nossa fé em seu favor" (Testemunhos para a Igreja, vol. 2 [2021], p. 266). Quando estamos lutando, vamos aceitar a fé de nossos amigos em nosso favor.

Outra área de preocupação é se buscar ajuda profissional, especialmente para problemas de saúde mental, mostra falta de confiança em Deus. Às vezes, os cristãos esquecem que Deus espera que usemos os recursos que Ele colocou ao nosso alcance. Quando Moisés precisou de um sinal, Deus perguntou: "O que você tem na mão?" (Êxodo 4:2). Quando uma viúva estava endividada, Eliseu perguntou: "O que você tem em casa?" (2 Reis 4:2). Não é mais uma negação da fé ver um conselheiro ou médico para desafios de saúde mental do que ver um dentista para limpeza dos dentes ou um pastor para ajuda espiritual. Ambos estão cuidando de nosso corpo, e ambos estão utilizando os recursos e pessoas que Deus nos deu para nossa cura e Sua glória.

► O que você acha que significa ter uma alma satisfeita? (Isaías 58:10, 11.)

► Como podemos experimentar uma alma satisfeita?

► Quais são os desafios específicos que os jovens adultos enfrentam hoje ao buscar satisfazer suas almas ou encontrar propósito?

► Por que precisamos de comunidade para a cura? (Provérbios 18:1; 16:24; Isaías 58:6-8.)

► Quão dispostos os cristãos devem estar para depender dos amigos para ajuda? (Marcos 2:5; Hebreus 3:13.)

► Quão abertos os cristãos devem estar para receber ajuda profissional de conselheiros ou médicos?

► Qual era o propósito de Jesus?

Ao se afastar de Deus, muitas pessoas perderam seu senso de direção. Um universo sem Deus é um universo sem propósito. O filósofo ateu Quentin Smith uma vez disse: "A crença mais razoável é que viemos do nada, por nada e para nada" (William Lane Craig e Quentin Smith, Teísmo, Ateísmo e Cosmologia do Big Bang [Oxfor University Press, 1995], p. 135). "Do nada" e "por nada" são afirmações de que não há Criador no universo. "Para nada" é uma afirmação filosófica de que não há propósito no universo.

Se isso for verdade, as pessoas não têm razão para viver. Podemos simplesmente vagar sem rumo pela vida seguindo o caminho de menor resistência, que é o que muitos de nós fazemos. Uma existência sem sentido pode levar uma pessoa à depressão. Essa necessidade inata de ter um propósito é por que Isaías 58 nos convida a fazer das pessoas ao nosso redor nossa missão. Ninguém exemplificou melhor o propósito da existência do que Jesus. Abraçar a missão de Cristo como nossa mudará a forma como nosso cérebro processa tudo.

Jesus articulou Sua declaração de missão, por assim dizer, enquanto conversava com Zaqueu, um cobrador de impostos desprezado. Jesus disse às multidões que Sua missão incluía um excluído como Zaqueu quando disse: "Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lucas 19:10). A missão e o propósito de Jesus guiaram tudo o que Ele fez. Porque Ele estava focado em salvar os perdidos, Ele estava feliz em jantar na casa de Zaqueu, não importa o quanto as multidões reclamassem de Ele comer com cobradores de impostos.

Jesus tentou redefinir o propósito que guiava Seus discípulos. Eles estavam ocupados competindo por superioridade e perseguindo os mesmos objetivos que as pessoas do mundo tentando ver quem poderia chegar ao topo. Jesus os chamou a desistir de suas ambições egoístas e abraçar um novo propósito que é muito contrário à natureza humana: "Pois até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos" (Marcos 10:45).

"O homem paralítico era completamente indefeso e, não vendo perspectiva de ajuda de qualquer lado, havia caído em desespero. Então ele ouviu sobre as obras maravilhosas de Jesus. Ele foi informado de que outros tão pecadores e indefesos quanto ele havia sido curado; até mesmo leprosos haviam sido purificados. E os amigos que relataram essas coisas o encorajaram a acreditar que ele também poderia ser curado se pudesse ser carregado até Jesus. Mas sua esperança caiu quando ele se lembrou de como a doença havia sido trazida sobre ele. Ele temia que o puro Médico não o toleraria em Sua presença" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [2021], p. 204, 205).

"A obra de beneficência é duplamente abençoada. Enquanto aquele que dá aos necessitados abençoa os outros, ele mesmo é abençoado em um grau ainda maior. A graça de Cristo na alma está desenvolvendo traços de caráter que são o oposto do egoísmo — traços que refinarão, enobrecerão e enriquecerão a vida. Atos de bondade realizados em segredo unirão os corações e os aproximarão do coração Daquele de quem brota todo impulso generoso.

As pequenas atenções, os pequenos atos de amor e abnegação que fluem da vida tão silenciosamente quanto a fragrância de uma flor esses constituem uma parte não pequena das bênçãos e da felicidade da vida. E será descoberto no final que a negação de si mesmo pelo bem e pela felicidade dos outros, por mais humilde e não reconhecida que seja aqui, é reconhecida no céu como o sinal de nossa união com Ele, o Rei da glória, que era rico, mas por nossa causa se tornou pobre" (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo [2022], p. 59).

"O sucesso em qualquer área exige um objetivo definido. Aquele que deseja alcançar o verdadeiro sucesso na vida deve manter constantemente em vista o objetivo digno de seus esforços. Tal objetivo é colocado diante dos jovens de hoje. O propósito designado pelo céu de dar o evangelho ao mundo nesta geração é o mais nobre que pode apelar a qualquer ser humano. Ele abre um campo de esforço para todos aqueles cujo coração Cristo tocou.

"O propósito de Deus para as crianças crescendo ao lado de nossas lareiras é mais amplo, mais profundo e mais elevado do que nossa visão restrita compreendeu. Da mais humilde condição, aqueles que Ele viu fiéis foram chamados no passado para testemunhar por Ele nos lugares mais altos do mundo. E muitos jovens de hoje, crescendo como Daniel em seu lar judaico, estudando a palavra de Deus e Suas obras, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda estarão em assembleias legislativas, em salões de justiça ou em cortes reais, como testemunhas do Rei dos reis. Multidões serão chamadas para um ministério mais amplo" (Ellen G. White, Educação [2021], p. 286).