O chamado para trabalhar e a recompensa da graça descrita na parábola revelam como funciona o reino de Deus. Aqueles que responderam ao chamado confiaram no proprietário da terra, assim como devemos confiar nas ações de Deus para conosco hoje. O segredo é olhar para Cristo. Alguns trabalhadores na parábola ficaram frustrados quando se compararam com os outros. No momento em que nossos olhos se desviam de Jesus e se concentram nos outros, perdemos a recompensa incrível que Cristo tem para nós. Quando Pedro tirou os olhos de Jesus e olhou para os outros discípulos e para as ondas ao seu redor, ele começou a afundar (Mateus 14:29, 30). Ele só podia andar sobre a água enquanto olhava para Aquele que podia capacitá-lo a fazer o que era humanamente impossível. A vinha na parábola representa o trabalho no qual somos chamados a participar. Não podemos, com nossa própria força, realizar a tarefa de pregar o evangelho ao mundo. Precisamos de poder do alto.
O conceito de terminar o trabalho também é descrito como terminar a corrida. O apóstolo Paulo escreveu: “Portanto, nós também, que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo peso, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hebreus 12:1, 2).
Na última carta de Paulo a Timóteo, um companheiro de trabalho no evangelho, ele refletiu sobre sua vida de serviço: “Porque eu já estou sendo oferecido por libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Timóteo 4:6-8).
Paulo aguardava sua recompensa final com confiança, porque podia olhar para trás e ver uma vida vivida em serviço. Ele confiou em Jesus e manteve os olhos Nele até o fim. Ele completou a corrida que lhe foi proposta. Nós somos parte de uma corrida ainda maior. É como uma corrida de revezamento: Paulo passou o bastão para Timóteo, que correu sua corrida e passou o bastão para a próxima geração de trabalhadores do evangelho. Muitos séculos se passaram, e o bastão agora foi passado para nós. O que vamos fazer com ele?
Vamos pausar e nos fazer algumas perguntas profundas e importantes: O que eu quero fazer com a vida que Deus me deu? O que quero realizar com os anos que passarei neste planeta? Estou correndo a corrida que importa? Estou lutando o bom combate que importa? Daqui a dez, vinte, trinta ou quarenta anos, olharei para minha vida com satisfação? Quando você tem uma visão clara à sua frente, corra a corrida proposta, olhando sempre para Jesus!