Leia o Salmo 130. Como a gravidade do pecado e a esperança para os pecadores são retratadas?
A grande aflição do salmista estava relacionada aos seus próprios pecados e aos pecados de seu povo (Salmo 130:3, 8). Os pecados do povo são tão graves que ameaçam separar o povo de Deus para sempre (Salmo 130:3). A Escritura fala dos registros de pecados que estão sendo guardados para o Dia do Juízo (Daniel 7:10, Apocalipse 20:12) e dos nomes dos pecadores sendo removidos do livro da vida (Êxodo 32:32, Salmo 69:28, Apocalipse 13:8).
Assim, o salmista apela ao perdão de Deus, que apagará o registro dos pecados (Salmo 51:1, 9; Jeremias 31:34; Miqueias 7:19). Ele sabe que "Deus não está irado por natureza. Seu amor é eterno. Sua 'ira' é despertada apenas pela falha do homem em apreciar Seu amor. . .. O propósito de Sua ira não é ferir, mas sim curar o homem; não destruir, mas salvar Seu povo da aliança (veja Oséias 6:1, 2)." — Hans K. LaRondelle, Deliverance in the Psalms (Berrien Springs, MI: First Impressions, 1983), pp. 180, 181.
Notavelmente, é a prontidão de Deus em perdoar os pecados e não puni-los que inspira reverência a Deus (Salmo 130:4, Romanos 2:4). A adoração genuína é construída na admiração pelo caráter amoroso de Deus, não no medo do castigo.
Os filhos de Deus são chamados a esperar no Senhor (Salmo 27:14, Salmo 37:34). O hebraico qawah, "esperar", literalmente significa "esticar" e é a raiz da palavra hebraica para "esperança". Assim, esperar no Senhor não é uma rendição passiva às circunstâncias miseráveis, mas sim um "esticar" esperançoso ou uma antecipação ansiosa da intervenção do Senhor. A esperança do salmista está fundamentada não em seu otimismo pessoal, mas na Palavra de Deus (Salmo 130:5). A espera fiel no Senhor não é em vão, pois após a noite escura, vem a manhã da libertação divina.
Veja como a súplica pessoal do salmista se torna a da comunidade inteira (Salmo 130:7, 8). O bem-estar individual é inseparável do bem-estar de todo o povo. Assim, ora-se não apenas por si mesmo, mas pela comunidade. Como crentes, fazemos parte de uma comunidade, e o que afeta uma parte da comunidade afeta a todos.
“Se Tu, Senhor, observares iniquidades, quem, Senhor, poderá escapar?” (Salmo 130:3). O que esse texto significa? O que seria de nós se Deus observasse nossas iniquidades?