Resistindo à Tentação

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Mateus 4:1-11.
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Mateus 4:1-11.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 08 de Fevereiro.

Você Não Pode Passar

Por Andrew McChesney

A missionária americana Joanne (Park) Kim estava caminhando para seu apartamento alugado em Ulaanbaatar, Mongólia. Era pleno inverno, e a temperatura no meio da tarde estava cerca de -40 graus Fahrenheit (-40 graus Celsius).

Então Joanne viu um homem embriagado deitado na calçada. Nos últimos anos na Mongólia, ela havia sido atacada por vários homens bêbados e não queria parar. E se ele também a atacasse? Joanne começou a passar direto por ele, mas parou. Uma pequena voz parecia dizer: “Você não pode passar por ele.”

Joanne lutou com a ideia de ajudá-lo. “Senhor,” disse ela, “ele pesa quase o dobro de mim. Como posso ajudá-lo?”

Ela olhou ao redor. A rua estava vazia. Não havia ninguém à vista.

Joanne olhou novamente para o estranho. “Se eu passar direto, ele vai morrer,” pensou. “Seu corpo vai congelar em apenas algumas horas.”

Ela viu prédios de apartamentos por toda parte. Cada prédio tinha uma pequena sala no primeiro andar para um guarda, então o saguão de entrada era relativamente quente. O prédio mais próximo estava a cerca de 300 metros. “Tudo bem, Senhor,” Joanne disse. “Vou levar esse homem até lá.” Colocando os braços debaixo dos dele, ela orou por força e puxou. De alguma forma, ela o arrastou até o prédio. Colocando-o na entrada, ela deu um passo para trás e olhou para ele. Um novo sentimento encheu seu coração. Ela sentiu compaixão e pena.

Esse encontro marcou um ponto de virada no trabalho missionário de Joanne. Ela não guardava mais sentimentos ruins contra os agressores. Em vez disso, compaixão e piedade inundaram seu coração. Finalmente, ela pôde amar como Jesus.

Joanne ajudou a plantar a primeira igreja Adventista em Ulaanbaatar como missionária pioneira de uma organização missionária de apoio entre 1992 e 1998. Ela retornou em 2017 e agora serve como diretora de educação e desenvolvimento para a Igreja Adventista na Mongólia.

Até hoje, estranhos bêbados ainda a atacam de vez em quando, mas seu amor por Deus e por Seu povo é inabalável. “Satanás não desiste,” disse ela. “Ele sabia que poderia me desgastar. Mas Deus me presenteou com o idioma mongol e com uma mudança de coração. Deus ama até mesmo os homens bêbados que estavam me atacando o tempo todo, então preciso amá-los e ajudá-los da melhor maneira possível.”

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Mundo de Vícios

Vivemos em um mundo repleto de vícios. A tecnologia é projetada para estimular comportamentos que prendem as pessoas grudadas em telas, clicando e rolando sem parar. Aplicativos de celular são criados para fazer com que os usuários voltem várias vezes ao dia, sem que percebam que estão criando um desejo pelo pico de dopamina que recebem ao interagir com o aplicativo. Anunciantes gastam bilhões de dólares para manipular as pessoas, fazendo-as sentir que precisam comprar certos produtos para serem felizes.

Muitos estudantes enfrentam dificuldades na escola porque passam as noites jogando videogame ou maratonando séries favoritas em vez de dormir bem. A falta de sono pode criar uma dependência de cafeína, que pode ser considerada uma droga de entrada, levando a outros tipos de estimulantes. Além disso, os ingredientes de alimentos processados são estudados em laboratórios para identificar o ponto exato de prazer que maximiza o desejo pelo produto. As empresas fazem de tudo para lucrar com comportamentos viciantes e explorar as fraquezas humanas.

Smartphones tornaram muito mais fácil desenvolvermos vidas secretas na internet. Telas pequenas permitem assistir a vídeos com privacidade, sem que ninguém saiba. Esse novo nível de acessibilidade significa que muitas crianças desenvolvem vidas “submarinas”, completamente desconhecidas por seus pais. Mas não são só as crianças; pais também escondem sua atividade na internet, até mesmo dos filhos e cônjuges. Como resultado, estima-se que 35% dos downloads da internet estejam relacionados à pornografia.

A tentação é real e se apresenta de muitas formas. O que me tenta pode ser diferente do que te tenta. Nesta semana, vamos olhar para a vida de Jesus e descobrir através de Seu exemplo como fortalecer nossa mente para resistir à tentação.

Também recomendamos que você se familiarize com recursos para ajudar a si mesmo e a outras pessoas na recuperação do vício. Sites importantes Nessa batalha são (youthaliveportal.org/learning/en/addiction-prevention); (gatewaytowholeness.com) e (adventistrecoveryglobal.org).

Tentações Ferozes

Precisamos especialmente da mente de Cristo quando enfrentamos a tentação. A vitória de Cristo no deserto nos mostra como resistir aos avanços do inimigo. Nosso Salvador superou a tentação com as mesmas armas disponíveis para nós quando somos tentados.

Cristo foi “levado… pelo Espírito” (Mateus 4:1) ao deserto. Jesus não foi ao deserto em busca de tentação. Ele seguiu o Espírito Santo ao deserto buscando um tempo de oração e preparação espiritual para Seu ministério. Superar a tentação começa por estar onde Deus nos chamou para estar e não convidar descuidadamente a tentação ou colocá-la diante de nós.

Somente após quarenta dias sem comida, o tentador veio a Jesus; ele esperou até que Jesus estivesse em Sua condição mais fraca e vulnerável. A maioria de nós conhece a sensação de fome depois de perder uma ou duas refeições. Às vezes, a fome traz o pior de nós. Quando nossos corpos ficam fracos, é fácil ficarmos irritados. No entanto, isso não é nada como a fome extrema que Jesus deve ter experimentado após quarenta dias sem comida. Se Jesus tivesse perdido o controle de sua atitude ou cedido aos seus desejos, Satanás teria obtido a vitória. Para Jesus fazer pão das pedras do deserto teria legitimado o desafio de Satanás à Sua autoridade.

No Jardim do Éden, o apetite foi o ponto de teste para Adão e Eva. Cristo, o segundo Adão, venceu Satanás exatamente nos pontos em que nossos primeiros pais falharam. Hoje, a indulgência do apetite ainda é uma das estratégias mais bem-sucedidas do tentador para levar as pessoas ao pecado. O diabo conhece a força das paixões e desejos humanos e tira total vantagem dessa vulnerabilidade. Nada arruína a felicidade de uma família mais rápido do que os vícios que controlam a vida das pessoas.

Como Aquele que conhece as profundezas de nossas fraquezas, o coração de Cristo transborda de compaixão por aqueles que foram presos em ciclos destrutivos (Hebreus 4:15). Em nossa própria força humana, é impossível superar os desejos que nos controlam. Jesus venceu para que pudesse nos libertar. Jesus venceu nas áreas do apetite (Mateus 4:3, 4), presunção (v 5-7) e orgulho (v 8-10) para que pudesse nos livrar da “concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1 João 2:16).

Resistir à tentação significa lutar com todas as forças que temos. Os cristãos devem utilizar uma abordagem holística que vai além da ajuda apenas espiritual. Para pessoas em recuperação de vícios, isso muitas vezes significa que precisamos de uma comunidade saudável, parceiros de responsabilização e tratamento médico ou terapia profissional.

Vencendo com a Palavra

Durante as tentações, Satanás veio a Jesus tentando fazê-Lo duvidar de sua própria identidade. Não foram tentações simples e diretas; foram ataques sofisticados tentando erodir seu estado mental. Satanás repetia: “Se tu és o Filho de Deus…” (Mateus 4:3, 6). Os princípios que Jesus demonstrou ao resistir a essas tentações se aplicam não apenas a ataques espirituais, mas também a lutas emocionais e psicológicas. Hoje, nossas próprias batalhas com a tentação muitas vezes surgem de feridas profundas causadas por traumas e baixa autoestima.

Resistir à tentação nem sempre é uma resposta fácil quando a causa da dependência está profundamente enraizada na dor emocional e na necessidade de cura. Uma pessoa que enfrenta esse tipo de luta contínua pode se beneficiar muito do apoio de uma pessoa qualificada ou de um grupo que a ajude a se reconstruir emocional e espiritualmente.

Quando enfrentava cada tentação, Jesus não olhava para Si mesmo em busca de respostas. Ele constantemente dirigia Sua mente para a Palavra de Deus e resistia à tentação dizendo: “Está escrito” (Mateus 4, 7, 10). Em troca, o diabo também citou as Escrituras (v. 6). Satanás estudou a Palavra de Deus para que possa distorcer seu significado para seu próprio benefício, removendo-a de seu contexto e aplicando-a erroneamente. Como Satanás rejeita as afirmações da Palavra de Deus, ele pode citar algumas Escrituras, mas o faz de uma maneira que subverte ou contradiz outras partes das Escrituras. É preciso um estudo dedicado da Bíblia para detectar as decepções que estão mascaradas com citações distorcidas das Escrituras.

O Salvador podia usar a Palavra de Deus a qualquer momento porque sabia o que ela dizia. Para ter esse profundo conhecimento da Palavra de Deus, devemos dedicar tempo de qualidade a ela. Quando nos imersos completamente nas Escrituras, podemos responder a cada desafio buscando e reconhecendo primeiro o conselho que ela dá. O vencedor deve esconder a Palavra de Deus em seu coração para que esteja prontamente disponível para usar para resistir a pensamentos negativos ou outras sugestões do inimigo. Quando cercados pelas trevas, a Palavra de Deus pode ser “uma lâmpada para os meus pés e uma luz para o meu caminho” (v. 105).

A Bíblia nos dá a mente de Deus expressa na forma escrita. Recebemos a mente de Deus quando repetimos as palavras de Deus. Isso é mais do que o diabo pode suportar.

Momento de Reflexão

► Quais estratégias o diabo usou para tentar Jesus?

►Quais armas Jesus usou para combater a tentação?

► O que significa viver “por toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4)?

► Quais são suas promessas bíblicas favoritas que o fortalecem para resistir à tentação?

► Quais você acha que são as áreas de tentação mais bem-sucedidas do diabo para você e seus amigos hoje?

► Como podemos fazer um trabalho melhor de fugir da cena da tentação? (Veja Provérbios 22:3; 1 Coríntios 6:18; 2 Timoteo 2:22)

O Capacete da Salvação

Cristo é nosso exemplo em todas as coisas. Ele nos mostrou como travar essa luta da fé, entregando-Se continuamente a Seu Pai celestial (1 Pedro 2:21-25). Como humano, Jesus dependia continuamente de Sua conexão com o céu. Quanto mais deveríamos reconhecer nossa incapacidade de lutar com nossa própria força? As forças que combatemos são muito maiores do que qualquer nível de resistência que pensamos ter em nós mesmos. Não temos chance de resistir ao inimigo a menos que lutemos na força de Deus (Efésios 6:10-13), parte da qual envolve vestir toda a armadura de Deus (v 14-18).

Nos tempos do Novo Testamento, quando um soldado se preparava para a batalha, o capacete era uma das últimas peças da armadura a ser colocada. O capacete era vital para a sobrevivência, pois protegia o cérebro, o centro de comando do resto do corpo. Se a cabeça fosse gravemente ferida, o resto da armadura seria inútil. O capacete do cristão é a certeza da salvação e é uma defesa impenetrável contra os ataques do inimigo às nossas mentes. Aqueles que confiam com segurança na salvação que Deus providenciou não são tão facilmente perturbados pelas pressões deste mundo. Confiar no dom da vida eterna de Deus coloca as preocupações deste mundo em perspectiva.

Devemos lembrar que nossas mentes são campos de batalha. Os resultados de nossas batalhas mentais determinam o curso de nossas vidas. A decisão mais importante que tomamos nessas batalhas é se aceitamos o dom da salvação de Jesus e O seguimos. Ao tomar Jesus como nosso Salvador e Senhor, vestimos o elmo da salvação. Ao continuar abraçando Jesus todos os dias, mantemos o elmo da salvação como proteção contra o inimigo.

Não há sensação mais debilitante do que estar sobrecarregado com culpa e vergonha e não ter certeza de nossa posição diante de Deus. Enfrentar a tentação quando carregamos um peso pesado de culpa é como entrar em batalha acreditando que perderemos a guerra. A culpa é útil na medida em que nos leva a Jesus. Quando vamos a Jesus e permitimos que Ele tire nosso pecado e culpa, encontramos uma nova força que nunca tivemos antes e nunca poderíamos ter por conta própria. Aceitar o perdão de Deus nos liberta da culpa e da vergonha e nos fortalece para vencer nossas batalhas contra a tentação.

Odiado e Rejeitado

“Sempre que alguém é cercado por nuvens, perplexo pelas circunstâncias ou afligido pela pobreza ou aflição, Satanás está à mão para tentar e incomodar. Ele ataca nossos pontos fracos de caráter. Procura abalar nossa confiança em Deus, que permite que tal condição de coisas exista. Somos tentados a desconfiar de Deus, a questionar Seu amor.

Muitas vezes o tentador vem a nós como veio a Cristo, expondo diante de nós nossas fraquezas e enfermidades. Ele espera desanimar a alma e quebrar nosso vínculo com Deus. Então ele tem certeza de sua presa. Se o enfrentássemos como Jesus fez, escaparíamos de muitas derrotas. Ao conversar com o inimigo, damos-lhe vantagem” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [201], p.86).

“Com nossa própria força é impossível negar os clamores de nossa natureza caída. Por meio desse canal, Satanás nos trará tentação. Cristo sabia que o inimigo viria a todo ser humano, para tirar vantagem da fraqueza hereditária e, por suas falsas insinuações, capturar todos aqueles cuja confiança não está em Deus. E, passando pelo caminho que o homem deve percorrer, nosso Senhor preparou o caminho para que possamos vencer. Não é Sua vontade que sejamos colocados em desvantagem no conflito com Satanás. Ele não quer que sejamos intimidados e desanimados pelos ataques da serpente. ‘Coragem!’, Ele diz; ‘Eu venci o mundo.’ (João 16:33).

“Muitas vezes, quando Satanás falha em excitar a desconfiança, ele consegue nos levar à presunção. Se ele puder nos fazer colocar-nos desnecessariamente no caminho da tentação, ele sabe que a vitória é dele. Deus preservará todos os que andam no caminho da obediência; mas desviá-lo é se aventurar no território de Satanás. Lá, certamente cairemos. O Salvador nos ordenou: ‘Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.’ Marcos 14:38. A meditação e a oração nos impediriam de correr sem ser chamados para o caminho do perigo, e assim seríamos salvos de muitas derrotas”.

“Assim podemos resistir à tentação e forçar Satanás a se afastar de nós. Jesus obteve a vitória por meio da submissão e da fé em Deus, e pelo apóstolo Ele nos diz: ‘Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós.’ Tiago 4:7, 8. Não podemos nos salvar do poder do tentador; ele conquistou a humanidade, e quando tentamos ficar de pé com nossa própria força, nos tornaremos presa de seus enganos; mas ‘o nome do Senhor é uma torre forte; o justo nele corre, e está seguro.’ Provérbios 18:10. Satanás treme e foge diante da alma mais fraca que encontra refúgio naquele nome poderoso”.